terça-feira, 3 de março de 2009
Mais um dia
Sentada na cadeira do trabalho, defronte ao computador, o barulho do ar condicionado ensurdece o ambiente, pessoas entram e saem da sala e ao longe ouço "O Círculo", um sorriso no canto da boca surge inesperadamente, vejo o Sol a brilhar e colorir a paisagem através da janela, continuo olhando e desejando que ele venha colorir minha vida na mesma intensidade, tem dois dias que não tenho vontade de comer, não tenho vontade de levantar da cama, estou me enterrando ao trabalho e fugindo de qualquer compromisso que deixe as emoções florecerem, o telefone toca e não quero atender, mais atendo na esperança de ser boas notícias, de ser uma oportunidade de sorrir um pouco, relaxar, abro meu e-mail e só quero receber textos, piadas e notícias de amigos, mais o que vejo são informativos, sinto um súbito desespero, tenho pesadelos a noite, a cama parece pequena, o lençol me prende, o celular toca o despertador e o ato de acordar está se tornando uma batalha diária, o tempo passa como a correnteza de um rio, os dias correm cada vez mais depressa e eu? Onde estou? Quando deverei parar com tudo isso e pensar em mim? Preciso partilhar as minhas aflições...olho para todos os lados e não encontro uma saída e o que eu quero encontrar é um horizonte, uma linha determinante entre viver a vida e aproveitar a vida...
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Um comentário:
Carla: creio ser impossível parar porque na verdade o tempo não passa por nós e sim nós passamos por ele. Imagino que esse "surfe" é necessário para alcançar o tempo.
Boa sorte!
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