terça-feira, 25 de agosto de 2009

Domingo

O dia mais preguiçoso da semana.
Se amanhece com muito Sol, logo vem a vontade de ir a praia, depois um balde de água gelada cai sobre sua cabeça e você lembra da "farofada" urgh!
O almoço demora para ser servido, o calor estimula saída para beber algo refrescante.
Um suco?
NÃO!
Uma cerveja bem gelada ou uma bebida para moça e ainda vem dobrada (roska).
Ao cair a tarde, a vontade de ficar "largada" no sofá, com o controle da Tv a cabo na mão, mudando para ver o que os "milhões" de canais disponíveis podem te oferecer, mais desta vez, caros amigos, o domingo foi inusitado, eu diria extraordinário, sem defeitos, com direito a circo sem animais, sem globo da morte, sem palhaçada.
Um esplendoroso espetáculo de cultura, poesia, música, palavras, emoção, sorrisos e amigos.
As lonas daquele circo avistadas da rua pareciam descoloridas e disformes, "aparentemente" com muito esforço estavam em pé, mais ao entrar, o sol penetrava tão magicamente que coloria o espaço interno, os malabares compartilhavam cores em círculo, a plateia junta, tornava-se "uma coisa só", o palco visto daqui de baixo parecia um pedestal onde os "deuses" iriam, um a um, posicionar-se para a saudação, dois mensageiros apresentavam palavras que recitadas faziam reviver seus poetas, poemas sem rimas, ditos populares, realidade sem dó e sem piedade.
As flechas eram lançadas para aqueles jovens que faziam do circo uma cúpula de diversidades.
O picadeiro tornou-se pequeno para tantos aprendizes, o som forte vinha de lá de cima e então as luzes iluminavam mortais que conseguiram consagrar "braços" da arte em um mesmo lugar, com um mesmo objetivo: Compartilhar!
O brilho das estrelas fora do circo anunciava que aquele Domingo acabara, mais que a semana começava com um brilho especial e a melodia permanecia pairando no ar, confirmando que a "poesia prevalece"...

"Reciclar a palavra, o telhado e o porão
Reinventar tantas outras notas musicais
Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão
Ser essência
Muito mais..."
Composição: (Fernando Anitelli - O Teatro Mágico)


Boa noite senhoras e senhores!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Preparando-se para decolar

Avião no pátio "taxeando", vozes nos corredores direcionando o portão de embarque, pessoas indo e vindo, diferentes destinos, distintas razões para viajar, ansiedade por não ter a certeza do que virá e ainda assim continuar andando, apostando no que a espera.
Avista o balcão, no qual deverá entregar a sua passagem quando o responsável anunciar a liberação para o "check in", algumas pessoas preferem ser cautelosas e realizam o "pré check in", pensando que desta forma não perderá o voo se porventura atrasar, digo que está errado, mais quem sou eu para julgar.
Voltando ao ponto, os voos podem ser perdidos tendo precaução ou não.
Portão de embarque, passa-se o balcão após entregar a sua passagem de ida, sim! O destino você tem conhecimento, está escrito no seu bilhete, registrado na rota daquele piloto, você o escolheu, pagou por ele. Atravessa o corredor, pessoas com mais pressa esbarram-se em tudo que está em sua frente, e isso interfere no seu curso, acontece!

((Pausa)) - Alguém, por favor, lembra a essas pessoas que a poltrona é reservada e que as bagagens de mão cabem no compartimento acima do seu acento...

Hora de entrar no avião, Aeromoças recepcionam os passageiros dando boas vindas e indicando a sua poltrona, sentada vejo o luminoso para apertar os cintos
Vamos decolar!
As vezes não apertamos o cinto o suficiente para nos dar segurança e aí podemos nos machucar, mesmo que o transporte pareça seguro. Seguindo.
Viagens como essa são realizadas a todo instante, por diversas pessoas, mais ao estar sentada, segura, você olha para o lado e alguém a acompanha, um estranho, inicio de uma comunicação, primeiro um olhar, depois uma saudação, um sorriso, palavras, coisas em comum, coincidências, sensação de conhecer a tempos, o avião começa a andar na pista, o luminoso que você já havia esquecido continua aceso alertando a importância de manter o cinto apertado, você o ignora, eis então que copmpartilhando do seu medo ele segura sua mão gélida e diz: "Confie em mim!"

((Pausa)) - É nesse ponto que tudo começa!E é onde deve terminar.

Demorei para entender, mais neste exato momento caí na real e no ato de loucura pedi ao piloto que não decolasse, voltasse ao aeroporto, decidi "aportar", voltar para a minha casa, decidi apenas não sair do chão.
Então, parei com as viagens, nada de destinos prefiro ficar na Sala Vip, climatizada, lendo revistas e jornais, tomando cafezinho expresso, observando as pessoas, ganho com isso a extinção da ansiedade, elimino o medo e evito conhecer estranhos no mesmo voo, deixo de colecionar experiências, o catálago está cheio.

Então queridos viajantes, vejo-os na Sala Vip e Boa viagem!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Alguem contou pra mim

Ouvi uma história
Numa noite sem sono, eu a ouvia
Silenciosamente ela relatava os eventos acontecidos
Sua voz trêmula,
Sua mão enrugada e gélida,
Na escuridão do quarto
Uma penumbra, uma sombra desenhava sua silhueta, não pude vê-la, mais sabia que era importante ouvi-la
Com um pigarro na garganta ela tentava começar a falar, ajeitava-se na cama procurando a melhor postura para que o seu corpo cansado evitasse reclamar, e então, quando o silêncio se fez naquele ambiente, ela começou:

- Eu era menina quando tudo começou
Morena, cabelos lisos caído aos ombros
Olhos negros com duas grandes jabuticabas, espertos e atentos
Nariz fino e cílios grandes
Chamava atenção, muito educada e sempre prestativa
não faltava elogios, meus pais, orgulhosos pelas "crias", nos apresentavam a todos
nas festas de empresas, nas festas familiares, nas festas de todos os tipos e eu ficava sentada observando os adultos conversando, as mulheres bem vestidas acompanhadas dos seus maridos sorriam como bonecas de porcelanas, tudo estava perfeito, parecia filme de final feliz, pelo menos aos meus olhos
Sonhava acordada com os contos de fada
Esperava na janela que a primeira estrela aparecesse no céu para realizar o meu pedido, vivia em um mundo criado por mim, onde todas as cores iluminavam os lugares com um brilho especial, enquanto a minha realidade era fadada ao preto e branco

Enquanto ela falava, eu pensava na minha vida até aquele momento, procurava na minha memória o que tínhamos em comum e curiosa para conhecer o seu rosto, ver o brilho nos seus olhos, a curiosidade me consumindo eu não resisti e perguntei:

- Posso te ver?

O silêncio se fez presente, imediatamente ela largou minha mão e me deu "Boa Noite", e sem que eu percebesse, simplesmente ela deixou o meu quarto e sumiu
Desde que ela saiu, acontecimentos, "estranhamente", estão se repetindo, alguns nós estão sendo desatados, mais outros insistem em ficar mais apertados, estou novamente no limiar do desespero sem força para enfrentar os obstáculos que avisto, pressionada pela a areia do tempo, presa no inferno astral, dentro de um ciclone que não para de rodar e ganha força a cada sol que se põe
Quero sumir
Desaparecer
Deixar tudo e todos
Penso no meu diamante bruto que comecei a lapidar e desejo que para ele seja diferente
A vida
O amor
As decisões...
E eu escolho estar em outro lugar, sem decolar, continuo na sala de espera, esperando por nada, apenas sentada com os olhos parados, mirando o meu livro e a minha mão que tenta escrever uma nova história

Cansei!
Parei!

E sei lá quando começarei, na verdade não quero começar, não quero continuar, não quero...

Boa noite!

domingo, 16 de agosto de 2009

Introdução a uma introspecção

No retorno da viagem que fiz tive inspirações que ainda transcorrem em meus pensamentos desordenadamente, vivi situações que insistem em repetir nas páginas desse livro da vida e que dificilmente consigo entender ou desprender de certas "pegadinhas". Então, resolvo aceitar algumas condições que foram impostas na escolha da alternativa cabível neste percurso, afirmo que a incerteza do tempo de duração destas intémperies rondam a minha cabeça nesta noite, parece que o "pause" de determinados acontecimentos fora trocado pelo "repeat", diferindo apenas os coadjuvantes, porem, tendo todos esses itens relacionados entre sí, sei que chegará apenas em um único resultado, a certeza de ter experimentado.

Procuro analisar calmamente os meus passos,
Procuro por razões para tudo o que acontece,
Ás vezes percebo o que devo fazer em determinadas situações de coincidências e distintas aparências, de experiências vividas e vejo que o mais difícil é escolher o que fazer com as opções dadas.

Acredito que as viagens são pontos de partida para reflexões, são buscas de algo perdido dentro de você, não importa o que te levou a viajar, mais no fim, ela, a essência, trará novas questões para repensar os seus passos, atitudes e momentaneamente te possibilite a introspecção.

Saio do meu mundo com apenas a mochila, a arma em punho e sem escudo
Sou o que quero ser
Vejo o que me convém
Vivo o que é oferecido
Sinto o que no coração dói, o que lágrima salga e o que na boca é adoçado pelo sorriso
E volto!
Volto para onde parti
Uma noite
Um dia
Pensamentos
Travesseiros
Papel
Caneta
E no ar,
O cheiro do conforto do meu único lar
A minha mente
O meu coração
E a incerteza do que será o amanhã

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Be back soon

Estou partindo
Mochila preparada
Máquina fotógrafica a postos
Passagens de ida e volta, pois não arrisco ir sem ter certeza da data de retorno, pois é muito provável que eu queira esquecer de tudo e partir de vez (risos)
Levo tambem, espectativas de aprendizado, divertimento
Desejo a purificação, limpeza do campo mental
Então, queridos navegantes, parto hoje, mais retornarei em breve...

oO

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pensei em parar

Uma semana atrás pensei em parar de escrever
(achei que ia ajudar)
Constatei que não!
Uma semana atrás pensei em fugir
(para onde?)
Achei que ia ajudar
Constatei que não!

Uma semana atrás eu pensei
Uma semana atrás eu desisti
Uma semana atrás eu fugi
Uma semana atrás eu enfrentei
Uma semana atrás eu voltei atrás
e constatei que não!

Uma semana atrás passou
E hoje eu voltei atrás
Pensei, desisti, fugi e não ajudou

Então, uma semana atrás eu esqueci
Esqueci o que houve uma semana atrás
e comecei tudo de novo.

Antes de dormir

Quero muitas coisas
Traço bastante metas
Tento alcançar um unico objetivo
Vejo esperança nas dificuldades
Sonho com dias melhores
Sinto o amor circular meu corpo
Sou o que sou e nada mais
Espero por alguem, mais ainda caminho
Durmo com meus travesseiros, oratórios macios
Enlouqueço aos poucos, pois de vez não é saudável
Escrevo o que vivo e vivencio o que escrevo
Compartilho com o mundo
Pois posso realizar o seu dia e satisfazer a minha angustia.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Hoje sem palavras



Hoje sem palavras
Amanhã, quem sabe as terei.

Lapso de pensamento compartilhado

Sofrer por amor?
Não quer dizer que esse filme terá um final triste, ele pode mudar.
O medo é somente a concha protegendo a pérola...

Com.partilh.a.ndo

AMAR
Se separarmos essa palavrinha pode ser uma expressão de espanto ou admiração quando se vê pela primeira vez algo imenso sem começo ou fim ao qual temos apenas uma linha no horizonte dividindo o céu da terra: " A Mar!"
O mar: misterioso, ora calmo, ora revolto, ora transparente, ora turvo, ora com ondas grandes, ora com "marolinhas" fáceis de dropar.
Amar: difícil de entender, complicado explicar, mais qualquer um tem que experimentar, nem todo amor é sofrer, amar unilateralmente só te dá a certeza de que você está vivo, amar sendo correspondido é estar no Éden, amar por amar é banalizar, você pode gostar de muitas coisas, mais ama poucas, não existe dosagem de amor, existe diversas formas de amar, amo meus pais diferentemente de amar meu filho, apesar das duas formas serem incondicionais, amo meus amigos e estou aprendendo a me amar e acredito que é a parte mais difícil, pelo menos para mim.
Amei alguem em que gerou um fruto lindo e forte, alguns dizem que o amor não acaba, mais essa teoria eu questiono, amor acaba sim, o amor é como uma plantinha, ele pode ser regado e bem cuidado e futuramente ser uma árvore frondosa cheia de frutos, ou ele inicialmente é bem cuidado, regado, mais devido ao esquecimento de manter, vai morrendo, vai secando, até que não há salvação.
Sentimos medo de dedicar, de ser a única pessoa a doar numa relação, ainda mais quando sofremos com experiências anteriores, mais aí a vida começa a perder a graça, amar é tão bom, sentir como se borboletas voassem dentro do seu estômago, sentir que as cores do mundo deixam de ser fosco para ser brilhante e vívido, sentir um sorriso surgindo no canto da boca quando se pensa na pessoa que ocupa seu coração, sentir calor quando o vê, sentir nas nuvens quando houve uma música que diz o que estava a pensar, chorar em um filme que lembra situações vividas, sentir muita fome quando o espera, não sentir fome alguma quando está com ele pois o amor te preenche, sentir ansiedade ao estar em casa esperando que ele te ligue, correr para o computador e efetuar "login" em todas as contas de e-mail, orkut, twitter, multiply, msn, skype, blog, facebook...ufa! somente para ver se recebeu uma declaração, um trecho de música, uma poesia ou um simples "oi".
É! Tenho a certeza de que é muito bom amar, amei diversas vezes de diversas formas, mais poucas pessoas tornaram-se especiais, e são essas pessoas que ocupam páginas da minha vida e torna importante os meus caminhos errados para perceber isso.
Amo amar o mar! (risos)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Depois da tempestade

Na manhã de domingo, a chuva dava o ar da graça abençoando o segundo dia do mês de Agosto, ouviam-se pássaros rodeando o chalé no alto da montanha, o frio acariciava os seus pés que lentamente recolhiam-se para debaixo dos lençóis, seu filho ressonava profundamente, estava sonhando com belos cavalos que cavalgavam no rítimo do vento soprando sem direção, as diferentes árvores tocavam uma melodia de adeus, era o retorno ao seu destino.
Na estrada, através da janela do ônibus que a transportava ela imaginava o quanto havia lutado para chegar novamente ao ponto zero, o começo, na bagagem levava a experiência, o sorriso radiante e um olhar penetrante e sincero, a paisagem do lado de fora corria como o ponteiro dos segundos de um relógio de parede e nessa velocidade um filme diante de tí contava a sua história, enterrompida por um freio brusco, a estrada congestionava de carros e caminhões que retornavam a cidade, pois caia a tarde, lá no alto do morro um menino traquina subia correndo desbravando o mato que o cercava, correndo contra o tempo, somente para contemplar o sol alaranjado indo descansar por detrás dos montes, das casas da periferia, das árvores, lá bem longe, e ela, naquele instate, paralisada pelo acontecimento, enchiam os olhos de lágrimas, emocionada, pois sabia e conscientemente tinha a certeza que as coisas simples da vida são exatamente cheio de vida.
E nesse ciclo, o ponto final encerra um parágrafo ou um capítulo, vai depender de como "você" queira escrever seu livro.