terça-feira, 27 de outubro de 2009

Confissões de uma não adolescente

Hoje não falarei de viagens, de voos, de trilhas, de barcos, ônibus ou andanças.
Confesso que cansei de falar e de escrever

Calma!

Darei apenas uma pausa na inspiração
Quero esternalizar um assunto que vem me perseguindo, martelando meus dias
Creio, que por estar vendo os dias passarem mais depressa
Os meses correm em uma corrida desvairada,
Vejo os adolescentes que estão sendo formados pela sociedade “on line”, penso o que serão no futuro
Pessoas mais experientes sempre estão acrescentando algo em minha vida, e elas não percebem o bem que me faz
Sei que mexeu alguma coisa que estava dormindo em mim,
Acordou a minha idade,
Não a idade física, tenho somente 28 anos, mais a idade mental,
Vivi acontecimentos que me fizeram enxergar a vida de uma outra forma,
Momentos que estou conseguindo, pelo menos, respirar, desvencilhar e que muitos que conheço, com a idade que estou, não viverão, deixarão passar ou apenas desistirão,
O resultado disso tudo é que tenho uma preciosidade concebida neste turbilhão de mudanças, é o maior motivo da minha sobrevivência
Perco-me nas horas ao observar ele, meu filho
Ao acordá-lo observo cada traço do seu perfil que é iluminado pela luz da manhã, cada sinal, cada cicatriz, vejo-o movimentar-se na cama se esticando para espantar a preguiça, abrindo os olhos demoradamente e pedindo para dormir mais um pouco
Permaneço calada, coçando suas costas e vendo o quanto ele cresceu e se desenvolveu,
Adoro o seu sorriso, os seus pensamentos, a sua lógica com relação a tudo, os seus sonhos e é claro, as “artimanhas” para burlar uma leitura grande, uma atividade “chata” da escola ou uma reclamação minha
Por muitas vezes ele lembra meu irmão
Comecei essa confissão pensando em outro tema, pensando em falar sobre a outra face do tempo, pensando em falar da natureza humana, mais falar dele (o meu diamante) é incansável, ser mãe é incessante, é magnífico, é mágico.
Aventureiros do dia a dia, a maior aventura desse mundo não é escalar uma montanha gelada e gigante, não é saltar de um avião, não é descer de rapel a cachoeira da Fumaça
A minha maior aventura e bem mais vivida recheada de emoções e de improvisações
é ter o privilégio de poder exercer o papel principal no filme da vida
ser mãe ou pai e além de tudo poder compartilhar dessa magia e ser reconhecido pelo nosso bem maior, o filho.
Aventure-se!
Creia que pode, concebendo ou não
Se desejas, tente!
Se não desejas, procure aventurar-se de outra forma, escolhe a montanha mais íngreme e a enfrenta
Boa sorte e Boa noite!

Até breve!
;)

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