Hoje a tarde voltei ao camarote que diariamente fico para ver o pôr do Sol
Voltei ao mesmo lugar que semana passada, onde passava pela minha cabeça desistir, pular, sumir
Voltei para me certificar se eu havia deixado cair em meio aquela grama o meu sorriso
Boa notícia!
Eu o encontrei, estava jogado no canto, esquecido, abandonado, depois de guardá-lo levantei e para minha surpresa eis quem surge do horizonte, vestida de branco, na proa de um barco, deslizando sob um manto azul
ELA
A minha Paz, o vento soprava forte a vela e ao modo que se aproximava, a sua luz cegava todos que estavam sentados contemplando o pôr do Sol e eu a enxergava nitidamente, apesar da distância
A Paz está a caminho e restam apenas 28 dias para o término de mais um ciclo.
E daqui de cima posso sentir o ar mais leve e puro, o meu coração luta para retomar o seu estado normal, aos poucos estou recompondo os cacos, tive pressa, na verdade, todos tem pressa, mais a ansiedade levou minhas lágrimas
Ou foi o inverso? As lágrimas dissolveram a ansiedade
Bom...
O próximo passo está sendo medido, o ócio é inexistente, o tempo está bom, céu azul, Sol, calor, o clima quente, eu estou seguindo, assim como a Fênix, pássaro mitológico, que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas, estou em reclusão para morrer* agora e ressurgir das minhas próprias cinzas.
*morrer: transformação
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