A noite cai.
O vento trazia o frio do inverno para amendrontar pobres mortais que andavam sem rumo pelas ruas escuras a procura de algum ponto de luz que te guiassem
Aquela menina, que acabara de sair da casa velha e fria, temia as nuvens que no céu anunciavam o início da tempestade, dentro dela, uma pergunta pertinente surgia, "quanto tempo? Quanto tempo iria perdurar este transtorno?"
Parada ali ela evocava cânticos que ressoavam dentro do seu peito, acalmando os batimentos do seu coração, compondo uma melodia unica, ao abrir os olhos ela via uma luz refletida naquele chão que a sustentava, o vento havia cessado a sua passagem, susurros não identificáveis eram captados pelos seus ouvidos, soavam como se fossem diversas pessoas falando ao mesmo tempo em tons baixos.
Concentrou-se! Eram 2h00 da manhã de terça-feira 09 de Junho de 2009
Respirou profundamente oxigenando o cérebro
Olhou o céu
Pediu permissão a lua
Desejou
Suplicou
Submeteu-se
Entregou ao universo
O vento forte despedia-se e encaminhava o seu corpo para o repouso
Calafrios
Sono agitado
Sensação de afogamento
de impontência
Amanhecia o dia
O cansaço mental era maior que o físico
Quando será que aquela menina terá paz de espírito?
Por quantas provações divina serão necessárias para a purificação?
São questionamentos que eu tambem gostaria de saber ou ter a resposta e assim salvar esta menina do desespero
Emprestei meus óculos de lentes cor de rosa e nada adiantou
Dei a minha tela em branco com as palhetas de cores diversas e a menina guardou, sim! Guardou
naquela gaveta onde estão as suas lembranças mais felizes
E nesse movimento entre noites perdidas, sonhos conturbados e fala rouca, a menina suspira e deseja:
- Deusa, mãe da terra, daí-me a luz que acharei o meu caminho...
Que luz? Que caminho? - Eu pergunto
Na ampulheta da vida a areia do tempo dissolve em segundos
É preciso correr para que ele (o tempo) não engula os seus objetivos
Boa sorte menina!
Nenhum comentário:
Postar um comentário