domingo, 26 de abril de 2009

Domingo é sempre assim

Cai a tarde.
Ouço cigarras cantando como se anunciasse a chegada da noite escura, no Céu azul, as nuvens parecem pinceladas com tinta branca, a luz do Sol refletida nos prédios tonalizam de laranja o fim do dia e o vento marca presença ao balançar as folhas que vejo daqui do alto.
Ouço ao longe o som da água que transcorre entre as pedras da minha fonte
Quebra-se o ritimo com o forte latido dos cachorros que interrompem a monotonia dos minutos que passam lentamente.
Meu coração acelerado tenta enteder a razão dos acontecimentos, procuro explicação, olho ao meu redor e encontro pontos de interrogação, indago a imagem refletida no espelho d'água, busco uma voz que possa me dizer o que desejo saber mais ouço a minha própria voz ecoando.
Percebo que a semana mais lenta que terei será essa, sinto-me perdida no tempo e no espaço, pressionada por todos os lados, como devo prosseguir?
O curso do rio está turbulento devido a tempestade.
Tempo vazio...
Tento preencher com leituras, mais é em vão, as palavras parecem distorcidas, as letras começam a embaralhar, os ventos a levam e eu fico admirando-as neste balé interminável.

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