Depois de alguns dias recebo no início da manhã uma mensagem do carcereiro,
Sim! Aquele que possui a chave da minha liberdade, lembram?
Pois é!
Meus caros amigos, a mensagem não é de carinho ou amor, nem deveria, até mesmo pelas circunstâncias ao qual nos encontramos, eu e o carcereiro.
Esta relação chegou ao limiar de possuir apenas palavras escritas, já que falar ao telefone está impossível de suportar para quem o escuta, ao menos ele informa que concorda comigo, ou seja, acredito que o chefe tenha dado a permissão para eu responder em regime aberto até o processo iniciar, só terei que manter um perímetro razoável e controlável, sair do País nem pensar (risos), terei que ter cuidado apenas com os lugares que frequento, pois ter que dividir o mesmo espaço com eles (o chefe e o carcereiro) nas minhas horas de lazer é desprazeroso.
Posso sentir o cheiro da liberdade,
Meus pulmões dilatam-se!
Só de pensar que ao abrir a cela estarei de volta ao Mundo, desbravando alguns caminhos que eu havia guardado na minha gaveta, isso me deixa feliz, saber que as minhas decisões serão apenas minhas.
Lua minguante!
Esse é o momento mais oportuno para iniciar resoluções de problemas, sinto-me carregada ao máximo para a minha reabilitação social, renascer das cinzas de uma vida subjugada a ceder caprichos e desejos, tenho a minha parcela de culpa, mais sentir-me culpada neste momento faz parte do meu passado, estou bem por saber que receberei mais um certificado comprovando a minha dedicação e experiência na Escola da Vida.
Cada dia que surge ao clarear da noite que vai embora é um novo dia, e como diz um amigo, zere suas possibilidades de frustações ou expectativas e recomece seu novo dia, faça-o diferente, arrisque outras situações, permita-se, a cela se abriu, o Sol esquenta o seu corpo e ilumina seu caminho, tire os óculos escuros da sua mochila e proteja-se desta radiação, luz demasiada pode te cegar.
Fico por aqui e aguardem notícias. =)
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