Fecha-se mais um ciclo!
Lua nova!
Neste fim de semana a Lua entrou em reclusão, abandonou a tecnologia que te mantém presa ao mundo capitalista, os alimentos com conservantes, a poluição sonora dos motores automotivos, o ar contaminado pelas emissões de gases nocivos, preocupações, abandonou a cidade.
Pensou um pouco sobre suas metas, seus desejos mais profundos, suas angustias e se entregou ao prazer de estar em meio a algum lugar rodeado por plantas, animais silvestres, lagoas, piscinas e jardins.
Mais algo ecoava nos pensamentos da Lua, algo apertava o seu coração, mesmo com tantos desapegos a Lua refletia...
O que adianta ser a Lua sem ter o céu?
As estrelas estão se apagando no tilintar da escuridão do fim do dia, e o que adianta ser a Lua?
O que adianta ser a Lua se não ouço os querubins?
Se daqui do alto eu não te vejo, o que adianta ser a Lua?
O que adianta ser Lua se meu brilho está pela metade?
Escondo-me entre as palhas do coqueiro a esperar que o céu me abrace, pois sem você o que adianta ser a Lua?
Os enamorados estão a reclamar, pois os dias passam e a Lua que os iluminava agora silencia o seu brilho e sobre a Terra ela padece.
Mais algo acontece!
A Lua retornou a Selva de Pedra, os carros correm em um só movimento, as pessoas se preparam para o começo da jornada diária que faz girar o mundo capitalista, as crianças perdem a ternura para enfrentar a dureza da obrigação escolar e mesmo com a poluição sonora, com a rotina da semana, o celular bipa e ela consegue escutar o coração, batendo em harmonia, compondo uma melodia e nos colocando em sintonia...
O Céu e a Lua.