segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ré confessa e nota de falecimento


Foto: Google imagens

Dia chuvoso
Rajadas de vento me acordam em sobressalto, algo está por vir
Depois de uma semana brincando de gato e rato com o detetive e assessor da burocracia, aproveitei a energia da lua nova, peguei o telefone e disse que dessa vez ele ia atender
Puf! Sim, caros companheiros de jornada, como um passe de mágica, aqueles de desenho animado com direito a fumacinha e balão de fala e todas as onomatopéias e interjeições cabíveis, ele me atendeu, boas noticias chegaram de imediato, um semi alívio folgou o aperto e angustia que tentava me sufocar
Próxima etapa, buscar o atestado de óbito (é a confirmação que morreu né?!), liguei para a pessoa que tomava conta do morto, informei o número do prontuário e ele iria consultar aos superiores se aquele número confere com a descrição, passaram-se 30 minutos e o telefone toca...quase sem as unhas da mão esquerda atendo o telefone com a voz trêmula, as lágrimas começam a escorrer em meu rosto, enquanto eu o ouvia uma vontade de gritar presa na garganta, agradeci a ligação, desliguei e comecei a chorar e rir ao mesmo tempo, eu pulava no meio da sala até que o grito saiu na expressão de liberdade
Pronto! Foi constatado homicídio doloso, sim companheiros sou assassina planejada rsrsrsrs
Legítima defesa e eu mesma enterrarei o morto, a lápide já estava pronta e provavelmente a semana será para beber a sua morte, sem velório, porem com velas e muito choro de felicidade e agradecimento aos deuses que me proporcionaram força e fé

Hoje, 17 de Maio de 2010, morre uma empresa que nem deveria ter sido gerada, morre um sonho que infelizmente não me pertencia mais consenti e arquei com todas as despesas e por isso sou ré confessa, assassina fria e extremamente feliz por enterrar hoje mais um pedaço do meu passado ruim, uma etapa de sofrimento psicológico e financeiro acaba, ainda faltam duas...aguardem!

Aqui Jaz Lanaitur
uma agência de viagem para surfistas
que não tinha nenhum futuro promissor
com a família que fora escolhida...

Um comentário:

Mariana Chetto disse...

Seria cômico se não fosse trágico. Não, não, ao contrário: seria trágico se não fosse cômico, ca ca ca.
Amei! E estou muito feliz com este acontecimento, pois sei o quanto isso traz alivio para vc.

Bjs.
Mari