terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Falar de amor em uma pausa para o café



Sentimento que toma qualquer forma, não precisa ser uma história, nem ter todas as regras de produção de um texto.

O amor pode ser uma frase, uma prosa ou uma poesia. Pode ter forma de melodia ou notas soltas em uma partitura. Pode ser uma exceção a todas as regras ou um simples brilho no olhar, pode pertencer a um ou mais corações. Nascer com você ou ser você.

Sinto ele florescer a todo momento, principalmente quando volto aqui, de dia me perco e a noite ele me guia ao mar.

De duas partes se faz um todo, mas eu sou o todo de duas partes. Posso ser a melancolia do blues ou a revolta do rock, posso ser a beleza da música erudita ou uma louca música eletrônica, posso ter a batida ritmada nos pés ou se perder nas mãos, posso transformar tudo isso em cordas de um violão velho largado no canto do quarto somente para alimentar a minha alma de artista.

Pinto o que desejo ver e mesmo em preto e branco ainda vejo a beleza com riqueza de detalhes e expressões. Sinto, e no sentir, sem quem sou. Mergulho nas janelas de meu espectro e no meu avesso desavesso.

Posso não pertencer a ninguém, e sem ninguém pertenço a mim.
E se minha voz não faz marcas faço com as palavras que escrevo e desenho letras partilhando com qualquer um.

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