terça-feira, 6 de abril de 2010

Coletivo

Quarenta e seis lugares de histórias
Diversidade nas versões relatadas
Pessoas de diferentes espaços urbano, etnias e religiões transitam diariamente pelos lugares disponíveis, às vezes sentadas até o seu destino ou parte dele, às vezes em pé, às vezes apertada como em uma lata de sardinha, enfim, de qualquer forma passam por ali e são levadas e trazidas por alguém que conduz sem opinar em nada no sentido que segue
Hoje, curiosamente queria ter o poder de ouvir os pensamentos das pessoas, é interessante ser uma observadora do cotidiano, me fascina registrar esse dia a dia em diversas maneiras, seja em ela em fotos, seja ela em palavras, seja em ele em pensamentos
Quando estou em trânsito nesse transporte precário penso em diversos assuntos, ouço programas no rádio ou curto uma música, mais eu penso, olho o que acontece ao meu redor, o que se passa com aquele cara emburrado de mochila no colo, óculos escuro e fone de ouvido, será que ele está de saco cheio de acordar cedo e ir trabalhar? Será que ele está indo para a faculdade e a aula que terá não faz diferença na vida dele ou no seu futuro profissional? Será que brigou com os pais, com a mulher, com a namorada?
Quando eu era adolescente tinha receio de enlouquecer se ficasse em casa, então minhas tardes eram em um shopping próximo de onde eu moro, você deve estar perguntando: Você em Shopping???, mais eu nunca fui consumista e sempre detestei “passear” em shopping, era para ficar sentada na praça de alimentação, comendo?? NÃO. Observando os transeuntes
Para cada pessoa que passava eu criava uma história de vida, um diálogo introspectivo, desejos obscuros, me divertia tentando imaginar o que se passava com aquele indivíduo que eu nunca tinha visto ou meramente sido apresentada, não conhecia seu mundo ou se quer sua história
Loucura?
Pode ser!
Carência?
Pode ser também!
Mais com certeza fazia das minhas tardes mais produtivas e não permitia preencher minha mente com coisas vazias, assim a oficina do Diabo vivia fechada rsrsrsrs

Agora eu pergunto, por que que eu comecei a falar sobre isso?
Ah! Sei lá!

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