segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de Março - Dia internacional da mulher

Mulher, o que és?
Chegaste tão indefesa
um lindo bebê de traços finos
dependente do afeto daquela que te gerou
e que mais tarde teria o direito de gerar outro ser, se assim optasse
Menina bela com todos os questionamentos da idade, diferente dos meninos que a acompanhavam,
olhar penetrante e decidido,
de uma força interior descomunal
Moleca danada com energia de sobra,
fala correta (pelo menos tentava),
comportada e apaixonante
Mulher, mãe, tia, amiga, apenas retratada como figura frágil por não aguentar o peso de uma Tv, de uma caixa, de bagagens, por chorar quando dá vontade ou não, por abdicar de tudo pelos filhos, por aceitar...porém forte o suficiente por ser sensível, intuitiva e determinada
Mulher, menina, moleca, todas as formas de ser única e admirada
Parabéns por hoje e sempre

"Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...
Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...
Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...
Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...
Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...
Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...
Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer..." (Rosa - Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa)

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