O céu alaranjou
Na cor de mel espalhou-se entre o branco algodão e o azul anil
No mar eram refletidos a magia dos raios
O brilho ofuscava aquele olhar atento e perdido no horizonte
Contra a luz emanada pelo astro rei via-se as sombras dos guerreiros pairando sobre as ondas, uns com remos outros apenas bailando o corpo e a mente
Sentada naquele banco de madeira longínquo ela observava quase tudo, de repente um "oi", um diálogo produtivo, apresentações formais e uma tarde maravilhosa ao som de atabaques, berimbau e uma voz grave entoando cânticos da capoeira
A frente descansavam casais, turistas posavam para fotos e lá embaixo ela desejava estar além das pedras, esperando a próxima ondulação para sentir a liberdade de um mundo paralelo, lembrar como era bom acordar no mar, ver o sol nascer, respirar a maresia e sentir-se
O tempo parecia parar diante de tanta beleza, mais o dever a chamava e poucos minutos tornaram-se areia na ampulheta, despedidas e um até breve...
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