Estava ali o tempo todo.
Aparecia naquele jardim quando a seca ameaçava devastar, em meio a tantas flores existia uma rosa e lá vivia a menina de olhos negros que um dia havia fugido, às vezes ela arriscava descer pelas pétalas aveludadas e sabia exatamente onde pisar sem machucar a si, mas de vez em quando um vento forte fazia com que ela se desequilibrasse e se ferisse.
Triste, retornava ao seu lugar seguro. Lá onde as pétalas lhe abraçavam.
O ultimo vento que passou, trouxe uma tempestade que a fez desistir de si mesmo, não por esse vento, mas sim pelo simples fatos de que houve ventos que a devastavam na mesma intensidade e da mesma forma.
Ela havia cansado de tentar e então resolveu desistir, só que existia um jardineiro, aquele que a observava, aquele que chegava de mansinho e não desistia dela.
De tantos ir e vir as pétalas foram caindo e desnudando a única rosa do jardim, sentada sobre as pétalas caídas ela olhou e notou que a seca nunca havia devastado seu jardim, que ainda sim haviam brotos surgindo.
Parado ali próximo, a observar, havia um jovem jardineiro que sabia exatamente "seus passos, conhecia seu erros" e acima de tudo o que seus olhos negros diziam sem que as palavras fossem ditas.
Nesse encontro entre eles, uma semente penetrou em seu coração ferido por tantas ventanias, mas ela seguiu em frente e se afastou pois ainda era dominada pelo medo de estar cometendo mais um erro, negou esse sentimento, pensando que a fragilidade a fazia desejosa de carinho e atenção, como fora diversas vezes.
Em um momento de lucidez, ela resolveu sair um pouco, decidida a desistir de si e dominada pelo simples fato de congelar seu coração ela o reencontrou, no mesmo dia em que a ventania passou.
Ao longe, disse um "oi" com quase adeus.
Não era suficiente para ele, aguardou um momento e solicitou que se aproximasse, sabia que ela não estava bem, sentia isso e assim seguiu com ela.
No caminho, breves conversas e uma luta tentando fazer com que ela desistisse daquela insana ideia de "jogar a toalha", ela o escutava atentamente pensando porque ele insistia, mas mesmo assim tinha vontade de manter a sua palavra. Suas mãos acariciavam seus cabelos e ele continuava a falar e em diversos momentos arrancava sorrisos.
Em sua mente duas perguntas martelavam: "Para que continuar a insistir em algo que lhe fazia doer? Em algo que sempre soube como iria acabar?"
Deu-se um tempo, no suave deslizar suas palavras duras a despertou, calou-se e se rendeu aos poucos, pois estava com medo do que estava por vir, era difícil acreditar quando o que sempre ouvia eram mentiras, mas quando trata-se de reações físicas nem as mentiras se sustentam.
Aos poucos, o jardim recomeça a florescer, o jardineiro continua a cuidar com o objetivo de fazer florescer as suas sementes, as nuvens estão a dissipar para que o sol e a lua sejam vistos com mais clareza.
Sentada em meio a tantos brotos, a menina de olhos negros analisa e consegue estar tranquila, como por poucas vezes pode sentir.
Às vezes creio que as palavras daquele palhaço que a fez sorrir por diversas vezes e que se parece muito com ela tenham surtido um efeito positivo, às vezes faço-me acreditar que aqueles anjos sem asas que passaram perto do jardim e com um breve olhar sobre ela a fez crer que ainda há esperança. E por muitas fezes faço-me acreditar que enquanto as águas doces a cercar e a floresta te proteger, tudo ocorrerá no devido momento, sem pressa, sem receios, sem aflições.
Que assim seja e assim se faça!
Aparecia naquele jardim quando a seca ameaçava devastar, em meio a tantas flores existia uma rosa e lá vivia a menina de olhos negros que um dia havia fugido, às vezes ela arriscava descer pelas pétalas aveludadas e sabia exatamente onde pisar sem machucar a si, mas de vez em quando um vento forte fazia com que ela se desequilibrasse e se ferisse.
Triste, retornava ao seu lugar seguro. Lá onde as pétalas lhe abraçavam.
O ultimo vento que passou, trouxe uma tempestade que a fez desistir de si mesmo, não por esse vento, mas sim pelo simples fatos de que houve ventos que a devastavam na mesma intensidade e da mesma forma.
Ela havia cansado de tentar e então resolveu desistir, só que existia um jardineiro, aquele que a observava, aquele que chegava de mansinho e não desistia dela.
De tantos ir e vir as pétalas foram caindo e desnudando a única rosa do jardim, sentada sobre as pétalas caídas ela olhou e notou que a seca nunca havia devastado seu jardim, que ainda sim haviam brotos surgindo.
Parado ali próximo, a observar, havia um jovem jardineiro que sabia exatamente "seus passos, conhecia seu erros" e acima de tudo o que seus olhos negros diziam sem que as palavras fossem ditas.
Nesse encontro entre eles, uma semente penetrou em seu coração ferido por tantas ventanias, mas ela seguiu em frente e se afastou pois ainda era dominada pelo medo de estar cometendo mais um erro, negou esse sentimento, pensando que a fragilidade a fazia desejosa de carinho e atenção, como fora diversas vezes.
Em um momento de lucidez, ela resolveu sair um pouco, decidida a desistir de si e dominada pelo simples fato de congelar seu coração ela o reencontrou, no mesmo dia em que a ventania passou.
Ao longe, disse um "oi" com quase adeus.
Não era suficiente para ele, aguardou um momento e solicitou que se aproximasse, sabia que ela não estava bem, sentia isso e assim seguiu com ela.
No caminho, breves conversas e uma luta tentando fazer com que ela desistisse daquela insana ideia de "jogar a toalha", ela o escutava atentamente pensando porque ele insistia, mas mesmo assim tinha vontade de manter a sua palavra. Suas mãos acariciavam seus cabelos e ele continuava a falar e em diversos momentos arrancava sorrisos.
Em sua mente duas perguntas martelavam: "Para que continuar a insistir em algo que lhe fazia doer? Em algo que sempre soube como iria acabar?"
Deu-se um tempo, no suave deslizar suas palavras duras a despertou, calou-se e se rendeu aos poucos, pois estava com medo do que estava por vir, era difícil acreditar quando o que sempre ouvia eram mentiras, mas quando trata-se de reações físicas nem as mentiras se sustentam.
Aos poucos, o jardim recomeça a florescer, o jardineiro continua a cuidar com o objetivo de fazer florescer as suas sementes, as nuvens estão a dissipar para que o sol e a lua sejam vistos com mais clareza.
Sentada em meio a tantos brotos, a menina de olhos negros analisa e consegue estar tranquila, como por poucas vezes pode sentir.
Às vezes creio que as palavras daquele palhaço que a fez sorrir por diversas vezes e que se parece muito com ela tenham surtido um efeito positivo, às vezes faço-me acreditar que aqueles anjos sem asas que passaram perto do jardim e com um breve olhar sobre ela a fez crer que ainda há esperança. E por muitas fezes faço-me acreditar que enquanto as águas doces a cercar e a floresta te proteger, tudo ocorrerá no devido momento, sem pressa, sem receios, sem aflições.
Que assim seja e assim se faça!