quarta-feira, 28 de julho de 2010

Relatório de viagem

Foto: Google imagens

As aventuras continuam por essa trilha íngreme, o ar continua rarefeito, mas as condições climáticas me afetam menos. O condicionamento físico está sendo trabalhado, os treinos estão cada vez mais intensos e a consequência é se tornar uma maratonista para provas de obstáculos.

Confesso mais uma vez... (já estou acreditando que sou absolvida a cada texto, de tantas confissões) Inicialmente surge a aflição, a cada curva da montanha, descendo ou subindo é uma surpresa quase que previsível, há a descrença no treinador e as dores emocionais calejam, ficam apenas as dores físicas. O que é bom!, pois é a certeza de resistência.

Obstáculo inesperado, mas inicialmente contornado, nada como uma boa equipe para que o competidor se sinta revigorado e acredite no seu potencial.

A trilha está apenas começando e a certeza de ultrapassar a linha de chegada é carregada no órgão vital com toda fé que costumo ter. E para proteger os olhos, o bom e velho óculos de lentes cor de rosa.

Amigos de jornada, nos encontraremos por aí, a chuva vem a óbito no horizonte, os rios estão enchendo e muita água rolará debaixo da ponte.

"Inté!"

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mãe com açúcar

Foto: Google imagens


Ser mãe é a sublime forma de amar incondicionalmente um ser e saber que o amor consegue crescer na mesma proporção que ele se desenvolve.

E avó?!
Bom, aí a natureza caprichou muito, pegou a mãe e colocou açúcar. O amor incondicional trouxe uma condição, não enxergar os erros dos netos.

No mundo dos avós os netos são reis, as leis não existem, ou melhor, uma lei existe: "faça o que quiser, porque aqui você pode tudo".

Lembro-me quando tinha 5 anos e íamos visitar minha avó, existia um móvel enorme de madeira que cheirava a guloseimas. E aí imagina de quem era a festa?
Bolachinhas de goma, chicletes, chocolates e suco de uva, eu nem precisava falar, parava na porta e fazia aquela carinha do Gato de Botas do filme Shrek.

Atualmente tenho apenas uma avó, uma mulher doce, paciente, guerreira, que pinta seus cabelos, que cheira a colônia de bebê, que acredita na Igreja como instituição religiosa e direciona as suas orações aos filhos, aos netos e bisnetos. Uma criaturinha muito meiga que fica feliz quando nos reunimos na sua casa, chora quando nos preocupamos com ela, sorrir quando eu a encho de dengo.

Confesso! Mãe é bom, mas avó é muito melhor...

Feliz Dia da Vovó!

domingo, 25 de julho de 2010

Conte uma história

Foto: Google imagens


Conte um história na LUA CHEIA,
deseje ser o principal. Porque a
vida tem muitos coadjuvantes

Conte uma história impossível,
deseje torná-la real. Porque de
fantasias vivem as crianças

Conte uma história engraçada,
deseje torná-la radiante. Porque de
cinza basta o céu quando há prenuncio de chuva

Conte um história agradável,
deseje que todos ouçam. Porque ter
o que contar, sem ter para quem. Perde a graça!

Conte uma história agitada, cheia de altos e baixos
deseje que contenha melancolia, tristeza, alegria e felicidade.
Porque sem esses ingredientes não podemos fazer escolhas, ficamos engessados

Apenas, conte uma história.
Porque só quem tem a criatividade de contá-las
tem a percepção de vivênciá-las.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Porta Aberta

Foto: Google Imagens


Pode entrar! Seja bem vindo!Inexplicável como entre tantos caminhos e entre tantas possibilidades você literalmente me achou, a sensação de um “Déjà vu” acompanha nossos encontros, ouvir sua voz acalenta minha alma, o seu olhar traz a certeza de que por diversas vezes fui lida, decodificada e a cada mensagem recebida, a irrigação enérgica do meu corpo transforma-se em uma corrida de Fórmula I.

Olhei pela janela e vi uma imagem turva, nada condizia com que eu enxergo agora, arriscaste em apostar e eu é que ganhei, por isso permito que entre e tento te fazer sentir-se a vontade.

Sentados, em pé, encostados, abraçados, na rua, no carro ou em casa conheço muito de você e naturalmente você conhece a mim. Um pedaço em que conto, outro pedaço em que escrevo e outro em que palavras não são necessárias.

Sei do agora e prefiro pensar que os meus dias são construídos nessa linha, pois, deter o poder do amanhã é tentador e com toda certeza eu não o possuo e nas imperfeições de ser o que sou e de ser o que és, está o gostoso de partilhar e de vivenciar qualquer coisa que nos submetermos.

Então...C'est la vie...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigos & Amigos

Foto: Google Imagens

Amigos

Para os imaginários que nos acompanha dividindo nosso brinquedos;
Para os interesseiros que enfatizam nossa importância de ser popular;
Para os ouvintes que estão a postos em qualquer situação;
Para os conselheiros de plantão;
Para os bombeiros que nos tiram do fundo do poço em uma depressão;
Para os coloridos que além de colo rola uns "beijinhos";
Para os virtuais que podemos contar tudo sem pudor;
Para os de infância que partilharam a inocente fase da vida;
Para os confidentes que guardam seus segredos mais sórdidos;
Para os do trabalho que te apoiam na sua segunda casa;
Para os da escola que se aglomeram e fundam tribos;

Para todos os amigos de qualquer maneira, de qualquer formação, de qualquer parte da vida ou da vida inteira.

Feliz dia do Amigo!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Choros e velas

Foto: Google imagens

Quando a incerteza do que fazer confunde as vontades da razão, o coração atordoado sofre.

Buscamos um ponto que nos equilibre, um porto seguro, um lugar que seja a projeção do nosso interior para que as decisões tornem-se claras, ficamos confusos, buscamos respostas nos martirizando e aí o vazio aparece, é como se alguém arrancasse um órgão vital e você assistisse tudo paralisado e o sangue jorrando, é como se desligassem as luzes coloridas e o breu fosse cortado por uma vela, você tem a certeza de que algum momento isso vai passar, você deseja que seja breve, mas ao mesmo tempo tem medo de que aconteça de novo e de que entre um sonho e outro, um pesadelo salgasse a sua noite.
Se entrega em um melancolia profunda, você chora para que a dor seja levada pela enxurrada de lágrimas, você perde a voz para que evite balbuciar o nome do seu amor que se foi, você se tranca em um quarto escuro para que o colorido do mundo não desperte inveja ao seu sofrimento e as coisas se tornem pior. Sinto-me sensibilizada com sua dor, desejaria teletransportar para onde você está e partilhar de apenas um abraço acolhedor para que essa dor que sentes pudesse ser dissipada, gostaria de contar boas novas para que vibrasse comigo e que esquecesse por alguns momentos a sua angustia, gostaria de ligar o botãozinho daquela amiga "arretada" e valente que enfrenta qualquer um, mas infelizmente são só desejos meus, sei o quanto é difícil tentar mudar a situação então acenda uma vela agradecendo tudo que tens e saiba que se estiveres lá no fundo daquele poço sombrio, que conhecemos tão bem, arranjarei uma corda para te trazer de volta.