segunda-feira, 28 de junho de 2010

Palavras de carinho e a luz se acende...



Foto: Google imagens

Diante de tantos elogios que a lua cheia resolveu contemplar, surgiram alguns questionamentos que ainda temo em saber as respostas.

Nas minha leves corridas pela manhã em volta da praça consigo pensar claramente e racionalizar situações, coloco-me na posição de diretora e não personagem principal do filme e mesmo assim ainda deixo escapar as condições de uma resolução plausível.

Atitudes me conquistam, a espontaneidade me mantém, as surpresas me encantam, as promessas me decepcionam e os textos prontos usando as mesmas pontuações me bloqueiam, tornam-se "Déjà vu".

Confesso que tá difícil decidir pegar o avião bimotor, sobrevoar a ilha e depois saltar.
Confesso que atracar o barco em um ancoradouro desconhecido ainda é um caso a se pensar.
Confesso também que estou dificultando, pois tenho um muro a derrubar, um coração a medicar e uma memória a deletar e o botão do "foda-se!" está com defeito.

Volto a procurar um novo ponto de partida e me dou ao "luxo" de nem chegar ao final da corrida.

So! Let's go!!!

domingo, 27 de junho de 2010

In the end - Linkin Park (Composição: Mike Shinoda e Chester Bennington)


It starts with one...

One thing,
I don't know why
It doesn't even matter how hard you'd try
Keep that in mind
I designed this rhyme
To explain in due time

All I know.

Time is a valuable thing
Watch it fly by as the pendulum swings
Watch it count down 'till the end of the day
The clock ticks life away

It's so unreal.

You didn't look out below
Watch the time go right out the window
Trying to hold on, to didn't even know
I wasted it all just to

Watch you go...

I kept everything inside
And even though I tried,
It all fell apart
What it meant to me will eventually
Be a memory of a time when

I've tried so hard
And got so far
But in the end,
It doesn't even matter.
I had to fall
To lose it all
But in the end,
It doesn't even matter.

One thing, I don't know why
It doesn't even matter how hard you'd try
Keep that in mind I designed this rhyme
To remind myself how

I've tried so hard.

In spite of the way you were mocking me
Acting like I was part of your property
Remembering all the times you fought with me
I'm surprised, it

Got so far...

Things aren't the way they were before
You wouldn't even recognize me anymore
Not that you wouldn't knew me, back then
But it all comes back to me

In the end...

You kept everything inside
And even though I tried,
It all fell apart
What it meant to me will eventually
Be a memory
Of a time when

I've tried so hard
And got so far
But in the end,
It doesn't even matter.
I had to fall
To lose it all
But in the end,
It doesn't even matter.

I've put my trust in you
Pushed as far as I can go
For all this
There's only one thing you should've know

I've put my trust in you
Pushed as far as I can go
For all this
There's only one thing you should've know

I've tried so hard
And got so far
But in the end,
It doesn't even matter.
I had to fall
To lose it all
But in the end,
It doesn't even matter.

sábado, 26 de junho de 2010

Minha prisão

Foto: Google imagens


Novamente estou aqui, não para descrevê-la, ou melhor, não para fazer um auto retrato, sei que sinto-me melhor quando a vejo como menina dos olhos negros, sinto-me a vontade de falar sobre ela, sobre os seus sentimentos. Nos aprisionamos, meus passos são seus, meus pensamentos são seus, minhas vontades são suas, ela é a minha aflição colocada para fora e eu sou os sentimentos concretizados em palavras.

A história de hoje é diferente. Resolvi observar outra pessoa e com a ajuda da menina de olhos negros, divaguei.


Eu a vi, sim! era uma menina, um pouco mais de 7 anos, andava pelos becos sozinha, falava baixinho, vendia amendoim cozido no vazio e frio de uma rua de Salvador, sem muito sucesso ela sentou em uma cadeira defronte a mim, e me olhava parecendo dominar meus pensamentos, parecendo entender o que se passava, onde eu estava ou onde eu desejaria estar naquela noite.

A cabeça borbulhando e as mãos descontroladas resolvi pedir uma caneta ao garçom, escrevi coisas em um guardanapo e que nesse momento guardei, dessa vez não me permitirei publicação.

Para ser sincera, vagarei novamente pelas ruas vazias e deixarei escapar pela janela meus súbitos pensamentos, o deixarei na primeira esquina, não o quero próximo de mim pois está me confundindo, está destruindo uma armadura que criei para protegê-la, não quero ver-la melancólica, não quero assistir sua tristeza mais uma vez, sua decepção...prefiro manter assim.

Voltei! E ainda a vi sentada da mesma forma, sim! a menina que vendia amendoim cozido, não pude mais olhar para ela, não sei o que houve, embolei o guardanapo na bolsa, paguei a conta e sai correndo sem ao menos um adeus, o que eu mais queria era não estar mais ali e o que eu desejava...((pausa e pensamentos longe)) apenas desejava o impossível...

Queridos aventureiros, pode ser que nesse momento esse texto não faça sentindo, pode ser que um pedaço dele encaixe em algum lugar, pode ser que sejam apenas palavras soltas sem nexo...para mim é somente uma mensagem na garrafa flutuando no oceano, sem dono, somente um emissor.

Just a message!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Meu Blog e confessionário




Estou imobilizada

O que eu escrevo tornou-se uma arma para o meu mistério, aos poucos compartilho o que sou, sem disfarces, sem pudor ou censuras. Me pergunto se devo continuar, se os meus textos tornam-me vulnerável, se nesse momento sou minha própria refém, tento parar, mais o máximo que consigo são alguns minutos sem digitar e mesmo sem um computador, a caneta perturba minha mente tornando-a inquieta e minhas mãos tremulas saem do controle.

Posso considerar um vício?

Os sintomas apontam para uma dependência emocional de ter um cursor piscando aguardando algumas palavras que formem uma história, uma confissão ou apenas divagações de uma noite sem dormir, de um sonho significativo, de uma experiência vivida ou de um desejo repreendido.

Ainda me permito abster de certas respostas, de certos sentimentos e pensamentos.
Diariamente, a razão que possuo briga com a emoção enraizada no meu ser, tenho repensado em minha postura, no que sou, na minha imagem enquanto...imagem, se é que me faço entender.

Aceitei e assumi meu reflexo, a menina de olhos negros, e redescobri que quando posiciono-me a observar ela, saio da história e torno-me espectadora e vejo que para os padrões da sociedade que vivemos sou alguém incomum e que para as anormalidades não existe um único espaço, um único mundo, são mundos individuais que podem ser compartilhados e que infelizmente atrai olhares ameaçadores, repressores e que atingem um canal direto no coração, magoando. E penso, que não acontece quando as palavras são lançadas, elas percorrem outro caminho até que possa chegar nesse músculo que bate involuntariamente e que tem um poder incalculável.

Às vezes me permito ser involuntária, agir no ímpeto, aflorar uma posição de vela de um pequeno barco, deixando-se levar pelo vento e quando não o tiver que o mar me leve.

Estou de malas prontas e o que eu espero?

Sempre me vem a lembrança da infância que quando não sabia o que fazer, arrumava as malas e esperava que alguém viesse me buscar e até hoje espero e esse alguém nunca veio, estou parada repensando, não irei desfazer a minha mochila, mais comprarei um mapa para que pelo menos eu possa decidir para onde irei, pode ser com vento, pode ser no mar, pode ser na terra, pode ser sozinha ou acompanhada, marquei uma data, esperarei o próximo ciclo lunar e assim recomeçarei.

Eu e o meu reflexo...olhos negros ainda fosco e com a esperança de brilhar.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mochila sobre a cama


Foto: Carla Palmeira

Mochila aberta sobre a cama, a menina de olhos negros estava disposta a arrumá-la novamente para uma nova jornada.

Entre a cama e o armário o desespero roubou sua noite, eu já havia visto aquela cena mais não havia dado a devida atenção, ela sentou no chão e com as mãos na cabeça começou a chorar copiosamente, não sabia o que fazer, se perguntava milhares de vezes o que fazia de errado para que sempre em algum ponto as coisas não andavam.

Eu esperei, da porta do quarto eu desejava que ela não partisse e ao mesmo tempo sabia que ela precisava ir, teria que fazer algo que sempre foi contra a sua essência, vestir personagens para sobreviver nesta selva de pedras.

Tentei convencê-la a fazer uma ultima tentativa, ficar mais um tempo, manter esses olhos negros brilhando e desejando o possível e o impossível, mais ela não me escutava, a conversa durou muito, o seu olhar determinado mexeu comigo, me fez pensar o quanto eu precisava recarregar as baterias e voltar a fazer planos e se não derem certo continuaria em frente e ia refazer-lo.

Fechei os olhos por alguns minutos e percebi que estava só, e no silêncio sepulcral que cortava a madrugada notei que as nossas jornadas eram iguais e que a mala que estava sobre a cama só seria arrumada quando eu permitisse, que a noite roubada era nossa, que o desespero não estava nela...estava em mim, que as lágrimas escorridas em cada canção escutada eram minhas e que eu sempre fui a menina de olhos negros...

domingo, 20 de junho de 2010

Arrumando a mochila



Ando indignada ultimamente, no limiar da explosão, cansada de algumas situações e de muitas coisas.

Não sou mais uma adolescente de 18 anos, não sou ingênua apesar de muitas vezes as pessoas acharem isso, não quero mais perder tempo, posso ter aparência de menina, jeito de moleca, sorriso largo, manter o astral em alta, porém  preocupo-me, tenho um filho para educar, tenho pais para zelar, tenho sonhos e desejos a conquistar, se estou só, por muitas vezes é opcional, hoje, tenho muito cuidado nas escolhas, posso até deixar passar uma boa oportunidade, pois neste momento decidi me preservar, principalmente quando o conteúdo da história caminha do jeito que eu já vivi.

Se sou simpática é porque gosto de ser, é porque me faz bem tratar bem, se perturbo é porque o ambiente fica muito mais gostoso com pessoas sorridentes, se te dou atenção significa que quero saber o que pensa e que quero compartilhar da sua sabedoria, se não me leva a sério, paciência, não mudarei por ti.

Desculpe meus amigos de jornada pelas inesperadas palavras, estou arrumando minha mochila e partindo para outra longa caminhada, se queres vir, ajudo com os equipamentos, se queres ficar, um dia poderemos nos encontrar em algum ponto.