quarta-feira, 10 de março de 2010
O Mar e eu
Quando estou triste me pego perdida olhando o mar,
o Sol reflete na água os seus tons em verde e azul,
o barulho das ondas demonstra a força que tem em seu ir e vir
Quando estou diante de tanta imensidão
é o momento em que sinto que tudo vai mudar
terça-feira, 9 de março de 2010
Quanto tempo tem?
Não tenho tempo pois não detenho o poder de prende-lo
As horas passam em uma velocidade imperceptível e quando nos arrependemos de não ter aproveitado aquele momento a oportunidade se desfez nas areias do tempo e então no reflexo do espelho do banheiro constatamos a velocidade em que as horas se transformaram em anos, em décadas e nosso corpo é castigado por isso e dessa forma o que desejamos não será concretizado pois não há segunda chance, por isso, deseje e faça acontecer, infelizmente os pára-quedas não servem para todas aspirações da vida.
segunda-feira, 8 de março de 2010
8 de Março - Dia internacional da mulher
Mulher, o que és?
Chegaste tão indefesa
um lindo bebê de traços finos
dependente do afeto daquela que te gerou
e que mais tarde teria o direito de gerar outro ser, se assim optasse
Menina bela com todos os questionamentos da idade, diferente dos meninos que a acompanhavam,
olhar penetrante e decidido,
de uma força interior descomunal
Moleca danada com energia de sobra,
fala correta (pelo menos tentava),
comportada e apaixonante
Mulher, mãe, tia, amiga, apenas retratada como figura frágil por não aguentar o peso de uma Tv, de uma caixa, de bagagens, por chorar quando dá vontade ou não, por abdicar de tudo pelos filhos, por aceitar...porém forte o suficiente por ser sensível, intuitiva e determinada
Mulher, menina, moleca, todas as formas de ser única e admirada
Parabéns por hoje e sempre
"Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...
Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...
Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...
Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...
Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...
Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...
Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer..." (Rosa - Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa)
Chegaste tão indefesa
um lindo bebê de traços finos
dependente do afeto daquela que te gerou
e que mais tarde teria o direito de gerar outro ser, se assim optasse
Menina bela com todos os questionamentos da idade, diferente dos meninos que a acompanhavam,
olhar penetrante e decidido,
de uma força interior descomunal
Moleca danada com energia de sobra,
fala correta (pelo menos tentava),
comportada e apaixonante
Mulher, mãe, tia, amiga, apenas retratada como figura frágil por não aguentar o peso de uma Tv, de uma caixa, de bagagens, por chorar quando dá vontade ou não, por abdicar de tudo pelos filhos, por aceitar...porém forte o suficiente por ser sensível, intuitiva e determinada
Mulher, menina, moleca, todas as formas de ser única e admirada
Parabéns por hoje e sempre
"Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...
Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...
Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...
Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...
Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...
Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...
Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer..." (Rosa - Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa)
quinta-feira, 4 de março de 2010
Saudosa
As vezes o coração aperta e as lágrimas escorrem, mesmo fazendo esforço para que elas não saiam, em vão, elas escorrem e demonstram a saudade que sinto da ilha, de passar o tempo na introspecção, ouvindo música, o ir e vir das ondas do mar, o vento nas folhas, a brisa no rosto no fim da tarde.
Sinto falta de estar lá, acordar todas as manhãs com o canto do galo do vizinho, dos micos entre as telhas esperando minha tia alimentá-los, dos passos do cachorro gordo chamado Nick que arrastava-se pela casa com a respiração ofegante e vinha de mansinho cheirar meu pé, do cheirinho bom de café feito na hora e coado em coador de pano, do pãozinho quentinho recém chegado da padaria ao qual eu fazia questão de ir pedalando, das mangas e caju tirados do quintal em árvores que eram batizadas por nomes de personagens de novela
Sinto falta de madrugar na praia para ver os pescadores saírem, das caminhadas com o cachorro e com minha tia ao longo da areia, das braçadas até o barco e dos saltos ornamentais, da chegada dos pescadores, das puxadas de rede, do almoço reforçado, da risada gostosa, das cruzadinhas de fim de tarde, das sonecas na rede, do jogo de baralho no inicio da noite, do sorvete na pracinha, das fugidas até Aratuba ou Cacha Prego para as festas, das bebidas no meio da rua, do som improvisado na praça, da "paquera" de adolescente, das lotações para voltar, das caminhadas em noite de Lua Cheia, de conversas na porta de casa, de silêncio, de relaxamento, de paz.
Como era bom estar fora da cidade grande, como era bom conviver com os meus pensamentos sem ser interrompida por uma buzina de engarrafamento, por um grito de assalto, por luzes ofuscantes no meio da rua, por brigas desnecessárias
Sinto falta de estar lá, acordar todas as manhãs com o canto do galo do vizinho, dos micos entre as telhas esperando minha tia alimentá-los, dos passos do cachorro gordo chamado Nick que arrastava-se pela casa com a respiração ofegante e vinha de mansinho cheirar meu pé, do cheirinho bom de café feito na hora e coado em coador de pano, do pãozinho quentinho recém chegado da padaria ao qual eu fazia questão de ir pedalando, das mangas e caju tirados do quintal em árvores que eram batizadas por nomes de personagens de novela
Sinto falta de madrugar na praia para ver os pescadores saírem, das caminhadas com o cachorro e com minha tia ao longo da areia, das braçadas até o barco e dos saltos ornamentais, da chegada dos pescadores, das puxadas de rede, do almoço reforçado, da risada gostosa, das cruzadinhas de fim de tarde, das sonecas na rede, do jogo de baralho no inicio da noite, do sorvete na pracinha, das fugidas até Aratuba ou Cacha Prego para as festas, das bebidas no meio da rua, do som improvisado na praça, da "paquera" de adolescente, das lotações para voltar, das caminhadas em noite de Lua Cheia, de conversas na porta de casa, de silêncio, de relaxamento, de paz.
Como era bom estar fora da cidade grande, como era bom conviver com os meus pensamentos sem ser interrompida por uma buzina de engarrafamento, por um grito de assalto, por luzes ofuscantes no meio da rua, por brigas desnecessárias
terça-feira, 2 de março de 2010
Meio assim sei lá
Ela acordou como todos os dias, levantou-se e ainda cambaleando seguiu seu rumo
Lavou o rosto, olhou-se no espelho e constatou que o tempo está a passar, olheiras profundas de noites mal dormidas, opacidade no olhar de amores que já foram e que deixou saudade e dor
Pensamento ao longe e em segundos a viajem é intensa, fecham-se os olhos e inspira, sente vontade de sumir, deixar tudo para trás e sair por aí, sem rumo, sem hora e sem previsões, sente a necessidade de movimentar sua vida, bagunçar, imprimir a desordem, tudo anda calmo de mais, daqui ela vê as aventuras no final do capítulo e a demora instiga a ansiedade e assim vai buscando diariamente as loucuras de sua mente insana na introspecção das suas manhãs e sono interrompidos...
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Eu mudei?
Admito que estou menos tolerante
impondo mais meu jeito de ser
minhas atitudes estão mais firmes
Já aceitei mudanças de humor e fiquei calada
Já me afastei de pessoas para que não as magoassem
Já sacrifiquei meus desejos para agradar os outros
Já tolerei grosserias e brincadeiras de mal gosto
Anulei-me para os meus amigos
Desisti dos meus pais por alguém
E quando essa atitude começou a atingir o meu filho
E quando na escolha desse caminho a minha essência esvaiu
Eu reagi
Aos poucos recuperei-me
Reconquistei e me arrependi de desistir do meu maior tesouro, família
As vezes ponho em questão se a “experiência” valeu a pena
As lágrimas acompanham esse texto e com muito pesar
A cicatrização é lenta e parece que quando a ferida está fechando
Sempre tem alguém para magoá-la, sempre tem uma mesa na frente para se bater e abri-la
Sei lá, hoje ao vir para o trabalho repensei
Pode ser a crise dos 30 aos 28 anos
Pode ser a forma que estou levando a minha vida
Sinto que algo está faltando
Sinto-me presa a rotinas, ao qual detesto
Trabalho com pessoas para que cada dia seja diferente, para que seja surpreendente
Peço desculpas se pareço impaciente
Se às vezes estou introspectiva
Peço desculpas se não correspondo
Vejo o tempo passar e as minhas necessidades estagnaram
Fico ansiosa para começar diversos planos engavetados
E tenho a consciência de que a cautela deverá ser meu carro de frente neste "Sambódromo" chamado vida
E eu?
Eu mudei?
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