segunda-feira, 4 de maio de 2009

A Saga de um ex coração solitário

Surgiu como um clarão em meio ao escuro de complicações que formava-se ao meu redor, dentre decisões e indecisões, encontros e desencontros.
Chegando aos poucos pela linha invisível de um ligação "on line", trocando depoimentos, frases e alimentando uma curiosidade, fui pega de surpresa.
Quando o Domingo despedia-se da semana fazíamos companhia um ao outro virtualmente, até que por uma vontade partilhada entre nós houve o encontro.
Corações acelerados, sentimentos conturbados, sorrisos e olhares, o tempo passava rápido, sem lenço e sem documentos te acompanhei.
A noite clareava ao raiar do Sol, que anuciava explendorosamente o dia, o corpo cansado preparava-se para ir a sua jornada diária, uma angústia no peito disputava espaço com a felicidade de ter este encontro.
As cartas anunciavam sua chegada, estava despreparada, não o procurava, insistia em algo que acreditava mesmo consciente que não haveria saída e chegaria a este fim.
M E D O - quatro letras que unidas desta forma tem um peso imenso, mais esse sentimento é compreensível quando existem corações feridos.
O Amor precisa ser cultivado, cuidado, adubado, para que cresça forte e frondoso, mais a experiência que me cabe, ele deu um fruto e depois faleceu.
Aí vem você
O que isso que estou a sentir?
Sentir sem pensar,
Querer estar com você todos os minutos do dia
Velar seu sono, sentir seu cheiro, ter você, rir
No silêncio da madrugada olho para as estrelas e luas que tens no quarto e penso: "devo acreditar que estou ali? É verdadeiro?"
Devo acreditar que foi um acaso?
Mais a vida é construida e desconstruída pelos acasos
Para quem já sofreu, várias tentativas de acerto em uma relação, estou na defensiva, acredita no que está acontecendo desejando estar protegida e certa de ser maravilhoso
Nada mais importa, nada é tão bom quanto estar ali, naquele cantinho, naquele pedacinho de sua vida
Como dizer, exteriorizar o que estou a sentir, palavras faladas são sopradas ao vento, o universo as manipulam, por isso fico sem jeito, mais acho lindo as vibrações quando por algum momento encho o peito de coragem e consigo escrever.
Vamos! Estou aqui! Te acompanharei.

domingo, 3 de maio de 2009

Chuva

Acordei aos sons dos pingos de chuva que caiam sequencialmente lá fora, a velocidade e o volume da água foi aumentando durante o meu despertar
Levanto! E ao olhar pela janela o mundo encontra-se em preto e branco, parece que a base da aquarela terminou. Sol volte a reinar, eu suplico!
O lugar do rei é ocupado pelas nuvens.
Caminho em direção ao banheiro e mudo a temperatura do chuveiro- adoro banho frio!
O banho quente, sem pedir licença, dominou o espaço.
Deixo a água cair no meu rosto e escorrer pelo corpo, envolvida por uma sensação de acolhimento sento-me no chão frio e canto uma canção, ou melhor, penso em uma canção, ainda não tenho afinação para desenvolver uma melodia, neste momento os meus pensamentos viajavam pelo tempo e espaço, esqueço as preocupações, os minutos, consigo ouvir o coração bater, respiro fundo e saio do banho quentinho.
Enrolada com a toalha saio na varanda e lembro que tenho uma longa jornada, corro para ir ao trabalho, hoje fico até mais tarde.
Na companhia da minha mochila, máquina fotográfica e dois livros, desço as escadas agradecendo ao universo pelas dádivas concedidas.
Entro no carro
Ligo o som
A chuva recomeça
Na avenida ACM não vejo carros
Estou sozinha
Aos poucos a luz do dia vai clareando o meu caminho
Cheguei!
Hora de vestir a farda e ir para a linha de frente (risos)
Enfrento o primeiro obstáculo do dia, quem vai arrumar o café da manhã?
Cadê o pessoal?
Na correria, consigo deixar tudo pronto e com um sorriso no rosto volto ao meu posto
Precisamos de desafios constantes para apimentar as rotinas que nos cercam e terminar o dia com um súbito alívio:
- Missão cumprida!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O choro reprimido da Lua

O Céu avisou que vinha ver a Lua
Euforica ela saiu para se refrescar
Encontrou alguem que da Terra te venerava
Era uma estrela que veio do Mar
Conversaram até a madrugada
O tempo passava e o dia clareava
Do alto do morro via-se o seu lar
Os carros aos poucos preenchiam as avenidas
A Lua foi trabalhar e a pensar ela se perguntou
O que houve? Esse conflito de sentimento veio atrapalhar?
Passou dois dias a sofrer
Antecipadamente veio a escrever para você
Ó Céu! Perdoa a Lua que aqui habita
Que esse coração solitário não se repita
No tilintar das estrelas e em qualquer momento da vida
pode-se ouvir trombetas dos anjos anunciando boas novas.
Amor entre o Céu e a Lua, torna-se incopatível na distância que se permanece.
Adeus com até logo
e um Até Breve

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Konnichiwa!


Sempre tive fascinação pela cultura oriental, lembro-me quando eu tinha uns 8 anos, vivia cantando uma musica em japonês que havia aprendido em um desenho, colocava fita adesiva transparente no cantinho dos olhos e puxava para dizer que era oriental, fui crescendo e a admiração aumentava, na 7ª série do colégio estava apaixonada por um colega descedente de Japonês, muito tímida eu nem tinha coragem de falar com ele (risos), acredite!

Cheguei aos 17 anos com a idéia fixa de namorar um oriental, mais isso não aconteceu (+ risos).

Assistia desenhos (mangás) que passavam na Locomotion - canal da TV fechada, pesquisava em livros sobre gueixas, samurais, chás, alimentos, hideogramas, comportamento...

Aos 18 anos fiz a minha primeira tatuagem, e advinha?! Um hideograma japonês bem pequeno nas costas, já tinha o desenho desde os 15 anos.

Entrei na Faculdade de Turismo e a fantasia de aprender japonês rondavam os meus dias, formei em inglês, estudei espanhol no Hotel, entendia um pouco de Italiano e o japonês ainda não faz parte da minha vida.

Até hoje leio mangás, assisto desenhos e daí veio minha segunda tatuagem, um anjo em mangá, aos 27 anos de idade não paro por aí, ontem assisti um filme que há muito tempo estava a tentar, "O ultimo Samurai", lí várias críticas desabonando o filme, mais eu não consigo ver um filme somente por diversão, tento viajar na linha de raciocínio real, do que aconteceu naquela época, o que era ser um Samurai, a disciplina dos japoneses, as influências estrangeiras, o respeito aos mais velhos, a arte da concentração, a leveza da mulher, a beleza das gueixas, o cultivo do arroz, o trabalho com o tempo e com a natureza.

Resumindo, amei o filme!

Ele traz a arte da guerra, liderança, a influência dos americanos em treinamento e fornecimento de armas para uma parte da guarda do imperador, enquanto do outro lado, o que chamavam de rebeldes, existiam os Samurais, que acreditava proteger o imperador, eles não portavam armas de fogo, mais tinham suas espadas, cavalos, armaduras, arco e flecha e a disciplina nos treinamentos, no casamento, no cultivo e no relacionamento interpessoal - eram suas maiores armas- o respeito ao próximo, ao tempo da natureza e a honra de cada guerreiro eram primordiais.

Bom...a fotografia do filme é linda, a história é fascinante, recomendo este filme para quem gosta ou tem interesse em assistir.


Se há vidas passadas, acredito que estive do outro lado, olhinhos puxados, comendo de "palitinho" e cuidando do cultivo.
Arigatô!



domingo, 26 de abril de 2009

Domingo é sempre assim

Cai a tarde.
Ouço cigarras cantando como se anunciasse a chegada da noite escura, no Céu azul, as nuvens parecem pinceladas com tinta branca, a luz do Sol refletida nos prédios tonalizam de laranja o fim do dia e o vento marca presença ao balançar as folhas que vejo daqui do alto.
Ouço ao longe o som da água que transcorre entre as pedras da minha fonte
Quebra-se o ritimo com o forte latido dos cachorros que interrompem a monotonia dos minutos que passam lentamente.
Meu coração acelerado tenta enteder a razão dos acontecimentos, procuro explicação, olho ao meu redor e encontro pontos de interrogação, indago a imagem refletida no espelho d'água, busco uma voz que possa me dizer o que desejo saber mais ouço a minha própria voz ecoando.
Percebo que a semana mais lenta que terei será essa, sinto-me perdida no tempo e no espaço, pressionada por todos os lados, como devo prosseguir?
O curso do rio está turbulento devido a tempestade.
Tempo vazio...
Tento preencher com leituras, mais é em vão, as palavras parecem distorcidas, as letras começam a embaralhar, os ventos a levam e eu fico admirando-as neste balé interminável.