segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aventurei e levei eles comigo

Foto: Carla Palmeira

Manhã de quinta-feira, faltava apenas mais um dia para encerrar o ano em que tudo parecia difícil. E quem disse que virar borboleta é fácil? É um processo árduo de transformações.
Malas, suprimentos e um único objetivo...AVENTURA!

Caímos na estrada rumo a diversão, dirigindo e cantando fomos seguindo sem horário, sem rumo, apenas com um limite: "De Aracaju não passaremos..." (gargalhadas rompem o silêncio), no engarrafamento de Lauro de Freitas parada para ver uma "escada andaime"? kkkk Vamos subir para onde? Só minha querida mãe com essas ideias.

Seguindo após um pequeno engarrafamento passamos pelo pedágio, estrada livre e o desejo de voar, mas os meus passageiros são exigentes e a aventura tem que ser na medida, sem adrenalina.

Primeira parada, Praia do Forte, nada paradisíaco, pessoas indo e vindo, carros a procura de uma vaga e a correria dos preparativos para deixar 2010 para trás.

Não encontramos nenhuma vaga para o nosso carro e partimos rumo a linha verde, plaquinha pela estrada e nada nos atraia, então entramos em Subauma, não consegui achar o hotel que eu havia ficado há um tempo atrás e a cidade não estava receptiva para a "Familia Margarina" rsrsrs (piada interna, né Dri?!)

Seguimos viagem, parada em Baixio, que delícia! uma pracinha, uma igreja rosa (acredite!), algumas vendinhas, um boteco de esquina (claro!) e um caminho atrás da porteira até a praia.

Na saga de compras foram três vassouras de piaçava, batata rufles, chocolate alpino e schin cola (argh!).

Ah! Esqueci de dizer que a mala do carro consegue carregar um corpo dentro, imagine três vassouras...hehehehe (brincadeira mórbida, tá?!).

Saindo de Baixio fomos rumo a algum lugar, a tarde caindo, a fome batendo e fomos chamados pela placa Conde (alguns quilômetros), Sitio do Conde (mais alguns quilômetros) Siribinha (outros mais alguns quilômetros), escolhemos ficar em Sitio do Conde, pousada agradável, quarto aconchegante e Wellington foi um "gentleman", passeio na praça para decidir o que almoçar às 6 da tarde...comidinha no bar da Tia Zô, que nos recepcionou de lenço na cabeça e sorrisão estampado, cerveja gelada para as meninas (eu e mamis) e uma moqueca de peixe com pirão hummm, matou a pessoa que vos escreve, só ressucitei no dia seguinte.

Café da manhã reforçado e pé na estrada. Decidido! Parada em Aracaju, acreditando que iríamos encontrar um lugar para dormir e curtir a virada do ano. Conseguimos!
Praia de Atalaia, pizza antes da virada, show na areia com o sambinha gostoso de Diogo Nogueira e retrospectiva musical anos 80 na voz de Margareth Menezes e é claro muita diversão.

Dia seguinte, para não perder o pique, banho de mar com alfazema, piscina e depois estrada de novo, objetivo Mangue Seco, caramba! Chegamos até o ponto da travessia, preços exorbitantes e atendimento péssimo, desistimos e seguimos para a balsa, na espera perdemos e ficamos mais de uma hora para a próxima e haja lanchinho para matar a fome, máquina na mão e muitas fotos para distrair a mente. Acreditando na possibilidade de achar hospedagem no primeiro dia do ano, fomos parando nas mesmas cidades que encontramos na ida...sem sucesso!

Restávamos partir em direção a Salvador e fizemos! Chegamos 23h00 e encerramos a aventura com uma pizza deliciosa e vinho...dia seguinte praia, peixinho, reencontros com um grande amigo, cerveja gelada.

E assim foi o fim de um ano árduo e cheio de grandes experiências e o início de um ano repleto de realizações...

Que venha 2011!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ciclos de encontros e desencontros



Te encontrar
Olhar nos seus olhos
Sentir a vibração do seu coração
O pulsar do seu corpo
Ouvir sua voz
Sentir o silêncio das palavras faladas
Seu cheiro
Olhar o céu da cidade em uma varanda e calar-se!

Suas mãos em meu cabelo me fez perceber o quão sublime tornou-se nosso sentimento
Sinceras confissões, sinceros olhares me fizeram bem e ao invés de me despedaçar pude me encontrar um pouco mais, perceber o que quero e me inspiro através de sua jornada.

Houve uma despedida sem dor, houve uma despedida com cuidado mútuo, apesar de inicialmente expressarmos o egoísmo dos desejos.

As horas se arrastaram e em um toque houve o despertar, hora de partir e não mais partir-se
Sua imagem refletida no retrovisor, um sorriso e sua certeza de apostar, de arriscar e pagar pelo alto preço me fez admirar-lo muito mais.

Não sabes o bem que me fez, precisávamos nos reencontrar antes do término de mais um ano, sinto que algo que estava pendente se foi, ainda posso te ver pelo retrovisor e sempre o verei.

O amor é sublime e é possível amar de várias formas, diferentes corações.

Acredito, sem muita pretensão, que sou um espírito evoluído, pois entendo o que sente e o que queres, podemos tudo (qualquer coisa) e nesses encontros desencontrados ou desencontros achados somos mais que muitas palavras.

O que tenho a lhe dizer, se não que somos o que somos e ninguém mais mudará isso, estamos dentro de uma bolha e todo o resto parou para nos observar e assim o guardo em um lugar especial no coração.

Viveremos jornadas semelhantes em estradas diversas, um torcendo pelo outro na felicidade encontrada e sempre que olharmos um céu de estrelas os sorrisos virão aos lábios e nesse momento a certeza de estarmos bem.

E o que mais desejamos é estar bem.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Manhã de Natal


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Ontem a alegria da comemoração enchia nossos lábios, iluminavam nossos olhos e o calor envolvia todos nós em uma vibração de amor e união.
Hoje somos lágrimas, infelizmente as coisas acontecem sem previsões, sem avisos, sem despedidas, nos pegam de surpresa e em um sobressalto derretemos em águas salgadas.
Silenciei-me ao ouvir a sua voz pedir socorro, pedir um alento: "minha filha perdi um amigo!".

Pai, perdi um padrinho, alguém que vocês confiaram para serem pais de meu irmão e a quem eu fui adotada também, alguém que resolvia tudo, desde a política do país a economia (risos), alguém que era atencioso, carinhoso e alegre, alguém que posso ouvir a risada ao fechar os olhos e que nas feições serenas, nos braços de Morfeu ele se foi, sim, foi para não voltar. E agora a sua ausência chega para deixar a vida continuar...


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sinais

Comprei um livro que há muito tempo me indicaram, ele já é sucesso e virou filme, sabia do que se tratava mas não imaginava o quanto era profunda a minha ligação com aquela experiência vivida.

Começo a ler o livro no intuito de me distrair e tudo que ele me traz nas primeiras linhas é o relato da minha recente experiência.

Coincidência?! Não! Sinais que insistem em perseguir meus caminhos...

Bom...as palavras ecoaram e naquele instante voltei ao momento em que diante de ti penetrei em seus olhos cor de mel ao qual haviam me encantado em uma viajem no passado e que no momento presente não passavam de apenas um par de olhos cor de mel que me miravam atentamente enquanto o que eu só queria era ir embora, de fininho para não causar danos, pois eu acreditava que o que sentias era amor e utilizando-se deste sentimento teríamos a possibilidade de cultivar-lo de forma diferente.
Ledo engano. Triste história a partir daí...
Foi assim que tudo começou e que me quebrei em milhões de pedaços, transformando-me em uma caixa de peças soltas como um quebra cabeça, pois foram sete anos se partindo.
Árduo ano aquele em que um simples "Adeus! Não sinto mais nada por você" transformou-se em um tormento, complicações, traumas, receios e tristeza aos olhos negros que brilhavam ao sorrir. Multiplicados pelo drama de uma paixão que surgiu em meio ao turbilhão de acontecimentos e que foi embora levando um peça, deixando-me com um vazio sombrio, tomei decisões que me afastaram de qualquer entrega, tomei decisões para me defender, tomei decisões...
E agora eu cansei.
Cansei de ouvir o mesmo texto, cansei de ser para os outros, cansei de terminar da mesma forma.
É interessante como uma única pessoa pode fazer você estourar, como uma gota em um copo cheio de água pode causar uma "lambança", é interessante que muitas vezes precisamos de gotas como essa para repensar e assumir que se repetidas vezes ouvimos as mesmas palavras algo errado está vindo de você ou você é o "algo errado", então erradamente continuo a ser quem sou, recolho os andaimes de construção de pontes e reverto para fortalezas, sentirei algumas perdas, sentirei faltas de momentos compartilhados, mas só assim farei bem a mim. Cansei de ficar gripada!
Se os sinais insistem em mudar de cor para chamar a atenção, continuarei a ler este livro, ainda há possibilidade da história mudar, do rio correr mais forte e de muros caírem, mas inicialmente não buscarei estas possibilidades e nem tocarei na esperança...
Peço apenas desculpas aos companheiros de jornada, pois sumirei por um breve período e não pouparei os leitores da minha melancolia em notas de blues...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O papel de um espelho





Gostaria de poder entender os espelhos

Eles refletem a sua imagem e semelhança diante dos seus olhos
Mostram o que sentes, aquele sentimento enraizado no corpo que só você sabe

Quem disse?!

Os espelhos te conhecem tão quanto você conhece a si próprio
Seguem o seu movimento, invertem o sentido, complementa o que falta
Dão profundidade e continuidade no infinito

E o infinito tem continuidade?

Os espelhos podem aumentar o seu pesar dependendo da perspectiva do olhar, podem transformar lágrimas em oceanos, chuviscos em tempestades, podem penetrar em seu olhar e dizer exatamente o que queres, podem sentir apertar o peito mesmo sem te ver.

E aí?

Nada muda, pois o espelho é o seu reflexo mais profundo e insano, pode te enlouquecer com palavras árduas para esperar a sua reação ou pode te acalmar com doces palavras de carinho, pode rir de você ou te fazer crer que tudo é possível basta afogar o medo e se entregar

Ah! Sabe de uma coisa, "mode on"

Gostaria de poder entender os espelhos






Um texto roubado

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Pode invadir
Ou chegar com indelicadeza,
Mas não tão devagar que me faça dormir.
Não grite comigo, tenho o péssimo habito de revidar...
Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre a nocauteante beleza.
tenha vida própria,
Me faça sentir saudades,
Conte algumas coisas que me fazem rir...
Viaje antes de me conhecer,
Sofra antes de mim para reconhecer-me...
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras
e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro,
Me deixe sozinha,
Só volte quando eu chamar e,
Não me obedeça sempre
que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?
Me conte seus segredos...
Me faça massagem nas costas
Não fume,
Beba,
Chore,
eleja algumas contravenções.
Me rapte!
se nada disso funcionar...
Experimente me amar!

Este texto é de Martha Medeiros... muito bom!