Meus lábios secos respondem sedentos desejando os beijos ardentes que me dera algum tempo atrás.
O calor desértico ferve internamente o sangue que circula em meu corpo, as mãos gélidas aguardam a provocação dos seus toques.
Sinto frio e a contradição das sensações faz com que eu não enxergue outras janelas, e para que outras janelas se tenho o que quero nas tuas.
Em diversos momentos a dúvida ronda meus dias, são minhas e por serem, eu as tenho, possuo e aprendo a agir. Pela primeira vez dou passos comedidos, pela primeira vez a intensidade é controlada e pela primeira vez sinto.
Deixo o nosso momento me levar e na liberdade encontro o prazer do respeito e da compreensão. Já estive na prisão e é um lugar em que voltar será impossível, já abdiquei da realidade para viver o mundo na virtualidade e ser disposta e integral para aquele que acordava ao meu lado.
Consenti e deixei de sentir e hoje posso voar, sentido a brisa no rosto, o sorriso nos lábios, o sangue a ferver, o frio na barriga das rédeas soltas prestes a perder o controle do desconhecido, as primeiras sensações com terceiras intenções, o brilho no olhar e as cores do luar.
Tudo que quero e desejo
Entre espasmos repentinos e involuntários os pensamentos vão e vem, os questionamentos vão e eu aguardo que os "soluços" inofensivos desapareçam espontâneamente em alguns minutos, deixei de procurar a água para me ajudar, inconscientemente me ocupei em demasia, mas os amigos desenharam no mapa as fontes no caminho, irei procurá-las e assim poderei solucionar a indigestão que causa os meus soluços.
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