terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sentada em um muro a beira mar lembrei-me de uma história com significados reais, personagens fictícios, sem moral e sem final...

Foto: google imagens


Andava diariamente por aqueles mesmos bosques, floridos e árvores verdejantes, nada lhe faltava, até chegar aquela noite tempestiva quando recebera a noticia que viria abalar o seu castelo. Da janela do quarto ela olhava a estradinha sinuosa de barro que as pedras desenhavam e mesmo com todos os acontecimentos ela aguardava o relinchar de um cavalo branco anunciando a chegada daquele que a tiraria da fortaleza que construíra.

Desistiu!


Como plebeia, ela se disfarçou, e em uma aventura deixou-se levar, uma viagem longa, com carruagens quebradas, fogueira ao relento a espera de socorro, vinhos e o cheiro inebriante do fumo da caipora que os observava.

Ela não estava só...e assim persistiu, pode ser aquilo que nunca fora, descia do pedestal da perfeição para buscar o imperfeito que habitava dentro dela, acreditou que pela primeira vez seria para todo sempre.

Não foi!


Os sonhos foram se dissolvendo, os planos deixaram de ser pensados evitando frustrações e tudo fora levado de maneira que se não der certo é porque tinha que ser assim.
Depois de tantas decepções as apostas ainda são feitas, mas o cansaço tenta dominá-la, a paciência se esgota e as tentativas ficam escassas.

Convencê-la?! Dá um imenso trabalho.


Até o momento ela continua de plebeia, mas nota-se que somente na aparência ela consegue manter esse "status", pois sua gentileza está enraizada, a sua simpatia e magia dividi-se e misturam-se entre um olhar e vários sorrisos.

Todos crêem que ela costuma guardar algo especial.

Algumas vezes a vejo por aí, vagando em busca de algo, ouço rumores de que queres voltar a planejar e que frustrações fazem parte, mas felizmente ou infelizmente são apenas visões, são apenas rumores...



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