terça-feira, 4 de agosto de 2009

Depois da tempestade

Na manhã de domingo, a chuva dava o ar da graça abençoando o segundo dia do mês de Agosto, ouviam-se pássaros rodeando o chalé no alto da montanha, o frio acariciava os seus pés que lentamente recolhiam-se para debaixo dos lençóis, seu filho ressonava profundamente, estava sonhando com belos cavalos que cavalgavam no rítimo do vento soprando sem direção, as diferentes árvores tocavam uma melodia de adeus, era o retorno ao seu destino.
Na estrada, através da janela do ônibus que a transportava ela imaginava o quanto havia lutado para chegar novamente ao ponto zero, o começo, na bagagem levava a experiência, o sorriso radiante e um olhar penetrante e sincero, a paisagem do lado de fora corria como o ponteiro dos segundos de um relógio de parede e nessa velocidade um filme diante de tí contava a sua história, enterrompida por um freio brusco, a estrada congestionava de carros e caminhões que retornavam a cidade, pois caia a tarde, lá no alto do morro um menino traquina subia correndo desbravando o mato que o cercava, correndo contra o tempo, somente para contemplar o sol alaranjado indo descansar por detrás dos montes, das casas da periferia, das árvores, lá bem longe, e ela, naquele instate, paralisada pelo acontecimento, enchiam os olhos de lágrimas, emocionada, pois sabia e conscientemente tinha a certeza que as coisas simples da vida são exatamente cheio de vida.
E nesse ciclo, o ponto final encerra um parágrafo ou um capítulo, vai depender de como "você" queira escrever seu livro.

Um comentário:

Júlia disse...

tá lindo! *__*