sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ele.


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Estou tão apaixonada hoje que a lágrima que escorre da minha face nesse momento não dói, não arde e nem é salgada, ela é adocicada, suave e de um carinho que aquece o coração.

Ela surgiu da saudade de algumas horas que pareciam dias inteiros sem tê-lo, de um desejo de cuidar dele como se fosse à primeira vez em que estivemos juntos, uma vontade de abraça-lo como aquele dia em que percebi e permiti que soubesse o quanto meu corpo o desejava, quando a duvida havia se tornado certeza, o ambiente ao qual eu estava já não me pertencia, as pessoas que circulavam eram apenas pessoas e eu estava ali apenas para esquecer as minha aflições.

Hoje, durante o dia em frente ao notebook olhei diversas vezes para o meu celular, o papel de parede desse pequeno “mobile” é o retrato de um fim de semana especial, com um beijo de fechar os olhos e um bico de muita satisfação, a foto me fez reviver momentos que eternizamos em um “click” e que ele faz com muita precisão. Lembrei de todas as manhãs em que saio para trabalhar e ele está dormindo, pois é cedo demais e é exatamente essa hora em que lhe vejo de outra forma, é a hora em que tenho a certeza de que quero ele e somente ele ao meu lado, não importa por quantas dificuldades tenhamos que passar, por quantas lágrimas ainda tenho que derramar, só de estar com ele em todos os instantes faz com que eu experimente a vontade de ser mãe de seu filho, que eu construa uma família de verdade, que eu presencie as mudanças mutuas, que tenhamos nosso lugar e que possamos apenas crescer juntos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Chegou a Hora!


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"Escrever é registrar o sentimento da sua alma. Publicar é o seu grito de liberdade."
Carla Palmeira


Sempre soube que a realidade é cruel e o sofrimento é o resultado da falta de preparação. Então, peguntava-me todas as noites enquanto sozinha em meu quarto, enquanto os carros passavam lá embaixo, os passarinhos cantarolavam e a casa se movimentava, o sono era interrompido todas as madrugadas pelos caminhos que os dedos percorriam no teclado de um computador iluminado por uma lâmpada incandescente sem ideias, não eram os meus dedos, nem eram meus pensamentos, eram apenas a minha paciência e a submissão pelos julgamentos impostos em um retorno. 

Por que viver nessa realidade tão avassaladora?  

Não advenho de família sem condições financeiras, nunca vi meus pais passarem "aperto", nunca presenciei um corte de luz ou água por falta de pagamento, sempre tive a minha cama quente mesmo com chuva, sempre tive comida na mesa em dia de seca, chuveiro elétrico em tempo de frio, roupas de boa qualidade nas datas festivas, festa de aniversário até os 10 anos por escolha minha, nunca tive mesada, mas se a solicitasse eu haveria de ganhar, nas férias nunca tive problema com tempo ocioso, pois estávamos sempre viajando.

Passei por algumas dificuldades que me fizeram crescer e ter a certeza de que a fantasia só é boa nos livros de contos de fadas.

Busquei responsabilidade desde cedo e mesmo sendo correta nunca era elogiada, pensava em fazer diferente do que vivi com os meus progenitores se um dia realizasse o meu maior desejo, ser mãe. Quando queria ser notada a pirraça era minha arma mais forte, mas devido as consequências, optava pela desistência, hoje pago pelos erros cometidos, ouço pela permissividade e o sorriso inocente torna-se um sorriso sutil ao passar dos anos.

Bem tarde a hora chegou, e se o momento é agora, fica claro o "porque" de muitos mudarem. É bem verdade que foram alvos de minhas críticas nada construtivas e hoje na cartilha de errado e certo, fui a que mais errou, talvez por não saber como agir ou por permitir a superproteção e não reagir. Criei um mundo que nunca existiu, era cômodo fingir não existir problemas, lá eu sentia que não incomodaria ninguém, lá eu era amada, mesmo que superficialmente, mesmo que por interesse, mesmo que fosse de aparência.

O medo da perda surgiu quando um pedaço de mim se foi e a realidade ficou cada dia mais distante, depois de ontem o que se tornou distante foi a fantasia, sem desculpas, sem perdões, sem pudores e sem restrições serei mais real. As perdas existirão e nesse momento tenho algumas certezas que antes não pertenciam a mim e preparo-me para o amanhã de cada dia, metas já foram processadas no silêncio das horas e serão contempladas ao passar do tempo.








segunda-feira, 26 de março de 2012

Palavras que doem

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Em função de ti orei

Olhei em seus olhos e tive a certeza do que eu queria, um frio na barriga dominou o meu dia e fiquei a pensar se nós estávamos sendo um fardo para ti.

A juventude está na data de nascimento, mas a velhice está na sabedoria e na vivência. Confesso que possuo um medo maior do que eu de mais uma vez não ser a pessoa merecedora da "tal" felicidade que todo ser humano busca. 

Não me questione! Não sabereis as palavras corretas para formalizar uma explicação plausível.

Em momentos de stress ouço suas duras palavras e tento dissocia-las e assim me vejo mais uma vez em um ciclo inevitável de dor e aflição, de duvidas e tristezas.

A paralisia impede meus passos largos, dissolve um sorriso e uma alegria que poderia iluminar tal momento e tudo que faço é em vão, deixo de pensar em nós três e penso em nós dois, eu e ele. O que farei mais uma vez?

O retorno pode ser inevitável, mas não será a solução, não quero e não devo aguentar tudo de novo e é nesses momentos de desespero que fico a pensar se sempre será assim, sem ti penso em ir embora, ir para longe para nunca mais voltar, ouvir apenas seu nome e que estais feliz, perder-te seria mais um fim de uma história que poderia ter final feliz, quando penso em ti vejo meu alicerce e confio que qualquer sacrifício vale a pena, mas quando fala que está pesado para ti, vejo meu alicerce ruir e sinto-me inútil, sinto-me uma pedra no caminho e escuto as vozes das criticas permitindo abrir a porta de um poço sem fim.

Arrastando-me, ainda consigo dar passos a frente, mas ainda não tenho força para levantar, mantenho a mente sã e puxo aquele espelho que sempre me refletiu e o ouço, pois passa por problemas semelhantes.

Será que estamos fadados a este fim? 

Tenho certeza que preciso de ajuda e não sei a quem pedir, aqueles quem eu poderia contar me magoam quando tem oportunidade e quando não tem também, seja por terceiros ou por comportamento, sinto-me sozinha apesar de hoje saber que tenho Deus que olha por nós, achei minha fé, reencontrei sentido em acreditar e assim prosperar, mas as aprovações são árduas e temo não ser forte o suficiente para poder aguentá-las ou progredir.

Hoje a tristeza tomo conta do meu dia, o sorriso se esvaiu e o silêncio, ah! o silêncio, este me acompanha na Introspecção do eco dessas tais palavras em que escutei. 

Espero somente que o dia termine bem e se não houver um fim desse mal estar, que pelo menos esteja breve, para que tudo possa ser como antes.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Todo carnaval tem seu fim...


A colombina chorou ao se despedir do seu pierrô que voltara para casa ao fim de seis dias, as princesas retornaram a suas torres, pois os príncipes viraram sapos, os colares se partiram depois de beijos, abraços e amassos, as pernas perderam o compasso, as lágrimas borraram a maquiagem e a chuva lavou o que restou de um grande amor.

As máscaras ao chão enlameavam-se, despiam aquele que se disfarçava na multidão e agora faziam parte do caminhão que passou sem deixar marcas, que limpava o que fora deixado pra trás, entre quedas, rompimentos e surpresas, a vida aos poucos volta ao normal e um vazio preenche alguns corações, talvez por um amor de carnaval ou por um beijo sem nome, talvez por uma conversa a dois que não se terminou.

Há de quem trabalhou e que em algum momento voltou para casa mais verdadeiro do que quando se terminou, com rompantes de romantismo que se quebrou em palavras duras, com afagos que rompeu-se em rispidez, um desejo a noite, uma mudança pela manhã e um dia pensando na pessoa amada.

Há também quem brincou junto, dividindo sorrisos, alegria, palavras, conselhos e carinho. Quem ouviu as dores, as lembranças e quem viu o coração apertar e os olhos chorarem. Quem compartilhou saudade, que confessou desejos, mistérios e quem confiou. Há quem também nada disse, que se calou ao ver-lo entrar, que sentiu uma imensa vontade de agarrar e dizer que está tudo bem.

E ainda há daqueles que nada viveu, somente sonhou, criou e partiu em meio as nuvens que o cercava, dissipando com a melodia que chegava baixinha pela porta e assim como toda a história que tem um fim, faz-se mais um carnaval, para encontrar o que um dia perdeu ou para viver o que se não viveu...




domingo, 22 de janeiro de 2012

Um sorriso metralhado por palavras

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Naquele sábado à tardinha, uma dor rasgava o meu peito e sangrava incessantemente ao repúdio que você havia sentido.

Não havia presenciado tamanha aflição ao ouvir aquelas palavras que ecoavam em minha cabeça e massacrava toda a minha doação de corpo e alma como mãe, como filha, como mulher. A tristeza de viver aquele momento marcou e fincou uma cicatriz, imperceptível aos olhos, mas tão profunda, que sempre ao olhar para mim mesma saberei que ela está lá e que dói.

Os soluços, os olhos em chama, a garganta seca, a voz tremula, a vontade de não existir, eram as únicas reações que meu corpo poderiam ter naquele momento, a avenida em que passávamos tornara o caminho mais longo em que já percorri, não imaginava que isso poderia acontecer, até que algo no meio do caminho chamou a nossa atenção, presenciávamos um acidente de moto. Bizarro! À frente um skate no meio da pista nos mostrava que algo estava errado.

Eram sinais!

Por muito tempo não tinha fé em Deus, por muito tempo neguei essa possibilidade da existência dele, talvez porque não conseguia aceitar que as duas pessoas mais importante da minha vida se foram pelo mesmo motivo, coração. Ontem, foi mais uma prova de sua existência, naquele momento em que tudo parecia perdido, você pediu para eu confiar e eu o fiz, as lágrimas que escorriam por segundo começaram a cessar, os soluços e a voz embargada eram trocados pelo silêncio e no ápice do ocorrido o clima mudou dentro do carro, graças a sua atitude e a pipoca doce que adoçava as três almas.

Ao chegar em casa foram horas de conversas, confissões e perdões e assim mais uma batalha foi travada, ao mesmo tempo que também ia sendo amenizada, uma semente de lucidez fora plantada e devidamente regada.

As percepções ficaram mais aguçadas, a cada dia que passamos juntos tenho a certeza de que dificuldades maiores virão, que o clima por muitas vezes estará pesado, que com poucos poderei contar e que com poucos poderei dizer, por uma boa razão, estamos um na vida do outro.

Que assim seja e assim se faça!





sábado, 31 de dezembro de 2011

O que eu posso oferecer alem do meu amor?

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Começo dizendo que sou uma boba e serei sempre.

Tenho muitas duvidas, muitos "se" e por muito tempo não me permiti viver, queria ser diferente, enxergar as coisas de outra forma.

Penso sempre que atrapalho em alguma coisa, necessito de mudanças, tomo decisões pelos outros e ainda acho certo, confesso, às vezes desejo parar de existir, mas aí ouço uma voz dizer "Mãe!" e aí eu desisto do meu desejo, as pressões são grandes e quando se acha que tem um porto seguro, eles não cuidam do atracadouro e então eu encalho.

Como mãe queremos o melhor para os nossos filhos e às vezes o que achamos que pode ser o melhor, porque queríamos ter outra vida, acabamos os prejudicando. Ouço criticas por fazer algo e por não fazê-las também, sempre sou errada e os dígitos da minha idade não querem dizer nada, pois sempre serei uma adolescente inconsequente e influenciável, serei sempre alguém que nunca passei perto de ser e aquele que acreditava em mim se foi, hoje nos vigia.

Fico a pensar se existem pessoas por aí que entendam o que estou passando, vejo tantas aparentemente bem resolvidas, arriscando com seus filhos e ao pensar nos "se" da vida a única resposta é que é só recomeçar.

Vivo uma disputa interna do que pode ser certo ou errado, penso em sacrificar minha felicidade para fazer feliz os outros e por pensar desta forma ouço "broncas" dos amigos, parei com tentativas, sou o que sou e não pretendo mudar tanto.

Olho para você ao dormir, vejo o seu sorriso, a sua segurança e sua jovialidade, sem medos, sem receios e por muitas vezes penso que sou um atraso, alguém que poderia dar passagem para você crescer mais rápido, fico pensando se realmente você não tem duvidas de sua escolha.

A única certeza que tenho é que devo arriscar, devo sair daqui, devo tentar viver minha vida mesmo que isso tenha um custo caro e que "se" houver alguma possibilidade de retorno eu consiga não retornar, pois ouvirei e viverei tudo de novo.

Sei que repenso quando às vezes age como meu passado, quando fala abertamente da sua vida por muitas vezes me dói, pois ainda acho que queria vivê-la novamente, pois os anos se passaram, ouço elogios de muitos e por tudo que passei as palavras escutadas parecem contos ou agrados para ver meu sorriso.

Se pareço diferente às vezes é porque estou a pensar minha vida sem você e não enxergo coisas boas, se estou silenciosa é o momento em que mais te observo, sei que você sem mim não será diferente, mas minha vida sem você será o que vivi muitas vezes e confesso que não é nada legal.

Então, vou tentar ser menos para aproveitar mais...