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Sempre acreditei em forças ocultas que nos impulsionam de todas formas.
Em algumas jornadas as pessoas que cruzam nossos caminhos tem sua devida importância, seja ela para podermos encaixar as peças de um quebra cabeça ou fazer entender que aquela peça não encaixa daquele lado mais que em breve acharemos o seu par ou ainda, seja também para nos ensinar a desconstruir, às vezes desmontando todo o quebra cabeça podemos encontrar as peças mais difíceis primeiro.
Começo refletindo sobre isso, pois passei um fim de semana com perfume de flor, única e que de tão especial nasce de um único bulbo, uma flor que é narrada na mitologia e que surge com a criação da Via Láctea e através desse cheiro inebriante foi dada a oportunidade de participar e conhecer diferentes janelas d'alma, compartilhar um pouco de cada história, e que em vários momentos me tocou de forma diferente, saber que se temos fé (independente da religião), se acreditamos que somos capazes e se alguém coloca aquele velho "banquinho para enxergarmos onde podemos chegar", faz a diferença na vida de quem está disposto, saber que o elo de família é um dos mais importantes e que por mais que quebre podemos reconstruir-lo, saber que um olhar em meio uma feira pode ser apaixonante pois diz milhões de palavras sem ao menos pronunciá-la.
Chegar a esse ponto, de vivências surpreendentes requer cautela, ainda não saltei em queda livre com medo da rajada de vento, mais aos poucos vejo a paisagem daqui de cima e enxergo boas coisas, pois ainda me sinto leve e cada momento ainda posso sentir o perfume dessa flor que me acompanha até nos meus pensamentos inquietos.
Mochila nas costas e coragem para desbravar novos horizontes, desconstruindo para construir, parcimônia para analisar os futuros passos e assim enxergar no escuro.
"Tendo fé se vai a pé!"
