domingo, 4 de abril de 2010

Sábado a noite


O que eu fiz ontem?
Ah! O que todos fazem, hummm, na verdade o que todos não fazem
Ok! Sem conversas enigmáticas, estava repassando meus dois anos
Como?!
Bom...Sabe aqueles filminhos que guardamos nas caixas de sapatos e que com o tempo eles ficam amarelados, mofados, empoeirados, pois é, busquei lá, bem no cantinho da minha mente, tirei a poeira e projetei
Fui aos “Arcos Dourados”, sim, ali no Rio Vermelho*, não dá para assistir esses tipos de filme sem comer “porcaria” antes
Não consegui assistir, porque ver o movimento daquela noite foi mais interessante do que recordar problemas antigos
Esquecidos os filmes, vamos a noite
Os caixas estavam livres e pela primeira vez o meu pedido saiu em menos de cinco minutos, apesar de ter uma mulher gorda que com uma delicadeza de um elefantinho me empurrou e logo atrás o seu filhote, ops! O seu filho mal educado, tudo bem!
Pedido no balcão, eu, que não sou delicada como um elefantinho, gentilmente pedi licença ao pé do ouvido do “pivete” e retirei a minha bandeja, escolhi uma mesa mais reservada na intenção de escrever sobre minhas aflições, o que não aconteceu, quando dei a primeira dentada naquele sanduiche enorme, duas lindas meninas, que deviam ter 3 anos cada uma, prendeu minha atenção, estavam de saia de prega, camiseta branca (uma gracinha), extamanete iguais (não eram gêmeas) e botas de borracha COR DE ROSA da Xuxa, por um momento eu pude acreditar que nevava dentro do parquinho infantil da MC Donald´s, achei tambem que essa bota da Xuxa não existia mais, eu lembro que eu tinha uns 9 anos quando todo mundo tinha e era engraçado pois as unicas cores disponíveis eram branca e preta (risos)
Voltando aos arcos dourados, essa foi a primeira visão do fim do mundo que eu presenciei, segue meu jantar de besteira, ainda me lambuzando com aquele sanduiche temperado com muita fome (esqueci de comentar que eu não havia almoçado), vem um pai e seu querido filho e caminhando para a mesa defronte a minha, o seu filho sentou, quando ele me viu devorando o “sanduba”, advinha?! É, eu devia estar com uma cara de monstro, ele se mandou (risos), essa foi a segunda visão do inferno, não para mim (risos), quando eu já estava na batata frita, eis que ouço gritos, abriram a creche, várias crianças correndo entre as mesas, rodopiando, dançando, pulando, gargalhando e o mais hilário eram os adultos correndo atrás, ô bicho besta é mãe e avó, raros os pais que pagam esse “mico”, antes que chegasse a terceira visão, peguei o carro e fui para casa dormir, por um espaço curto de tempo esqueci que no dia seguinte o expediente começava às 06h00 da manhã.
E foi assim que passei o Sábado a noite...

*Rio Vermelho: Bairro Boêmio de Salvador e que na minha opinião é um dos melhores lugares para se estar em qualquer dia da semana.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Madrugada de pensamentos

O sono se foi, levado por um forte vento que aqui nunca esteve

Não entoe o seu canto passarinho
irei deitar-me

Ó Lua que com o seu brilho ilumina a noite, não permita o Sol te ofuscar
irei deitar-me

Manto negro da noite de ontem. Esconda-se! Não se deixe levar pelo azul do dia
irei deitar-me

Silêncio das ruas que cortam a janela do meu quarto, mantenha-se intacto
irei deitar-me

Irei deitar-me
pois em braços fortes repousarei minha alma

Entre Morfeu...e faça deste quarto o seu recanto

Boa noite!

Insônia Criativa

Insônia, droga insolente dependente das noites inquietas de pensamentos atormentados pelo estado presente de um passado conhecido e de um futuro incerto
Fervilhante sentimentos que impedem a cama de ser aconchegante, lençóis longe da maciez perfumada das pétalas de uma singela rosa
Escuridão abafada pelo vento que deixou de correr, desejos sufocados pelo tempo parado na ampulheta de onde as areias do tempo, derradeiras e corrente escorrem segundos, minutos, horas insanas de pensamentos inconstantes pela solidão, orações ao alto para abrandar esta agonizante madrugada assistida pela reflexão de 6 meses na introspecção
Palavras sem sentido quando individualizadas. E que em minhas mãos, face a vivência, tornam-se significantes
Tentarei em meu leito adormecer e descansar o corpo, sei que no estado de tantas idéias conturbadas a mente demorará para acalmar-se e assim, quando tudo parecer quieto de mais cairei no tédio de uma sexta-feira igual a todas as semanas e saberei que desta vez dormirei...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma noite, um olhar

Redondos olhos negros,
não queridos aventureiros, não falo de mim e sim do que eu vi,
olhos desejosos que brilhavam por algo especial
sorriso maroto, delicado e sedutor, uma voz sussurrante e melódica.

Quem é você?
Não fomos apresentados naquela noite
Não tivemos a oportunidade de conversar, mais trocamos algo importante...o reflexo da janela da alma
Tenho a possibilidade de te achar, mais a mulher que tinha atitude para tal...guardei por um tempo, foi desligada por falta de uso (risos)
Sinto que esse encontro ainda virá, poderíamos ter tido ações mais enérgicas, mais em ambiente neutro as peças do xadrez permanecem no mesmo lugar, apenas observando quem daria o primeiro passo

Procuro um manto para me esconder, procuro pisar em chão com carpete para abafar o som dos meus passos, procuro não aparecer, porém, Bruxas nem sempre passam despercebidas
Aceito o que sou, o que provoco e o que veêm, meu alívio é ter a consciência que detenho os defeitos cabíveis ao ser humano e que o meu perfeccionismo exarcebado tem diminuído

Então se aceitas o que sou serei perfeita nas imperfeições do meu dia a dia...

((cenas para os próximos capítulos))

quarta-feira, 31 de março de 2010

O que vejo e o que sinto

Meninos da ponta da pedra
lançam esperanças ao mar
e com boas itenções eles esperam fisgar

Meninos do farol a brilhar
na "malemolência" dos seus corpos
colorindo a imensidão azul

Varas flexiveis para resistir
a força inesgotável do mar
e assim se vão

Nos caixotes estão
as esperanças, a paciência, as iscas e
o arpão

Meninos da ponta da pedra
Meninos do farol a brilhar