Cabeça fervilhando, estou tentando entender os diferentes comportamentos de um indivíduo, seja ele eu ou você, mulher ou homem.
O ser humano cria diversos cenários para viver específicas etapas da vida, quando criança aprendemos com os desenhos, com os livros que podemos ser personagens diferentes em circunstâncias adversas, quando crescemos e nos transformamos em pré adolescente deixamos de lado o mundo infantil de monstros invasores, de guerreiros agressivos e heróis para entrar no mundo da afirmação, de posicionamento na sociedade, de mostrar aos adultos que podemos entendê-los e ajudá-los, que não precisamos sair da sala enquanto eles conversam sobre política, economia, sexo ou quando se exaltam.
Então chega a adolescência, questionamentos a mil:
Por que sou magra?
Por que minha amiga já usa sutiã e eu não?
Por que minhas bonecas não são mais interessantes?
Por que aquele garoto não me nota?
Os adultos são um saco!
Minha mãe insiste em me apresentar a todos como a “filhinha” pequenina que não cresceu, já sou quase uma adulta, posso ir ao shopping sozinha, posso pegar um ônibus, posso ir ao show, o mundo não me entende e meus pais muito menos...
Humm meu primeiro beijo, sinto borboletas no estômago, um calor seguido de calafrios, uma vontade de sair correndo mais não sinto minhas pernas, que sensação estranha, recadinhos dentro do caderno, agendas coloridas, circulo de amigas fofoqueiras (no bom sentido), treinamento intensivo com o gelo para que o beijo fique melhor, risadas na festa do pijama, pipoca com brigadeiro e guaraná para conversas mais quentes entre amigas, jogo da verdade
Aí a adolescência vai ficando para trás, as responsabilidades vão acumulando e crescendo junto conosco, os passos para vida adulta são apressados, se o bonde passar não tem como recuperar, somente se correr para alcançá-lo na próxima estação e então inicia-se a jornada de competição, a escolha do que você quer ser, assuntos maçantes e cansativos, adeus boa vida sem muito stress, bem vinda vida boa com recheio de pimenta malagueta (risos), vestibular, maior idade penal, carteira de habilitação, esquema para conquistar a confiança dos genitores , cópia da chave de casa, carro da mãe emprestado, baladas até 5h da manhã, o nascer do sol na praia, viagens para acampar, trilhas com os amigos, vida adulta, faculdade, estágio, política estudantil, luta pela liberdade de casa, pela liberdade de expressão, namoros mais sérios e duradouros, planejamentos futuros, estágio, trabalho, formatura, cursos, viagens para congressos, desilusões, a certeza de que agora é pra valer e que é muito caro errar, casamento, filho, distanciamento da família, a menina cresceu, novos aprendizados, organizar casa, aprender a cozinhar, academia, surfe, aprender a ser mãe, problemas diversos, contas para pagar, conversa de adulto, divorcio, vida de solteira adolescente com mais idade onde o gosto da liberdade vem com uma pitada de sagacidade e experiência, momento de “barbarizar”, calmaria, centralidade, introspecção e agora é pra valer, nada de aventuras amorosas, o coração está cansado, aventurar só se for em viagem, “barbarizar” só se for na dedicação de novas descobertas do que posso fazer, foco, uso do espelho para buscar o melhor que há dentro de si e jamais perder a esperança de que dias melhores virão, mesmo que por algum momento um muro alto te impeça de seguir em frente, ou você escala ele ou contorna, já chega de parar e se desesperar sem ver uma saída e agora começar tudo de novo, com um detalhe que faz a diferença o respeito próprio e o amor em grande escala de ser a primeira na minha vida em paralelo com o meu filho.
terça-feira, 16 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Prazer
Diversas maneiras de chegar a essa palavra com satisfação e diversas maneiras de sentir-la com bondade e respeito
Sentimos um prazer imenso quando o que desejamos foi concretizado, é uma sensação de alivio e de bem estar, resumindo, sensação de dever cumprido
O prazer na forma física, quando a relação entre duas pessoas envolve carícias mais "calientes", quando o prazer desencadeia uma descarga elétrica no corpo e a sensação de relaxamento o acompanha imediatamente, o coração acelera e as pupilas dilatam-se, o corpo formiga e a mente liberta-se
O prazer de conhecer alguém, mais uma pessoa em seu ciclo de amizades que acabara de ser apresentado
A alegria de um sorriso pelo seu prazer de ajudar, de doar, de fazer a diferença em uma sociedade hipócrita e consumista
O prazer de dançar, de colocar o corpo em movimento
A sensação de deleite quando fazemos o que gostamos, seja o que for
O contentamento de contemplar a arte e seus diversos caminhos para chegar ao prazer de participar
O prazer pelos simples prazer de ter prazer
Segundo o dicionário Prazer é: Alegria, contentamento, júbilo, deleite, gosto, satisfação, sensação agradável, boa vontade, agrado, distração, divertimento.
Sentimos um prazer imenso quando o que desejamos foi concretizado, é uma sensação de alivio e de bem estar, resumindo, sensação de dever cumprido
O prazer na forma física, quando a relação entre duas pessoas envolve carícias mais "calientes", quando o prazer desencadeia uma descarga elétrica no corpo e a sensação de relaxamento o acompanha imediatamente, o coração acelera e as pupilas dilatam-se, o corpo formiga e a mente liberta-se
O prazer de conhecer alguém, mais uma pessoa em seu ciclo de amizades que acabara de ser apresentado
A alegria de um sorriso pelo seu prazer de ajudar, de doar, de fazer a diferença em uma sociedade hipócrita e consumista
O prazer de dançar, de colocar o corpo em movimento
A sensação de deleite quando fazemos o que gostamos, seja o que for
O contentamento de contemplar a arte e seus diversos caminhos para chegar ao prazer de participar
O prazer pelos simples prazer de ter prazer
Segundo o dicionário Prazer é: Alegria, contentamento, júbilo, deleite, gosto, satisfação, sensação agradável, boa vontade, agrado, distração, divertimento.
quarta-feira, 10 de março de 2010
O Mar e eu
terça-feira, 9 de março de 2010
Quanto tempo tem?
Não tenho tempo pois não detenho o poder de prende-lo
As horas passam em uma velocidade imperceptível e quando nos arrependemos de não ter aproveitado aquele momento a oportunidade se desfez nas areias do tempo e então no reflexo do espelho do banheiro constatamos a velocidade em que as horas se transformaram em anos, em décadas e nosso corpo é castigado por isso e dessa forma o que desejamos não será concretizado pois não há segunda chance, por isso, deseje e faça acontecer, infelizmente os pára-quedas não servem para todas aspirações da vida.
segunda-feira, 8 de março de 2010
8 de Março - Dia internacional da mulher
Mulher, o que és?
Chegaste tão indefesa
um lindo bebê de traços finos
dependente do afeto daquela que te gerou
e que mais tarde teria o direito de gerar outro ser, se assim optasse
Menina bela com todos os questionamentos da idade, diferente dos meninos que a acompanhavam,
olhar penetrante e decidido,
de uma força interior descomunal
Moleca danada com energia de sobra,
fala correta (pelo menos tentava),
comportada e apaixonante
Mulher, mãe, tia, amiga, apenas retratada como figura frágil por não aguentar o peso de uma Tv, de uma caixa, de bagagens, por chorar quando dá vontade ou não, por abdicar de tudo pelos filhos, por aceitar...porém forte o suficiente por ser sensível, intuitiva e determinada
Mulher, menina, moleca, todas as formas de ser única e admirada
Parabéns por hoje e sempre
"Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...
Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...
Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...
Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...
Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...
Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...
Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer..." (Rosa - Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa)
Chegaste tão indefesa
um lindo bebê de traços finos
dependente do afeto daquela que te gerou
e que mais tarde teria o direito de gerar outro ser, se assim optasse
Menina bela com todos os questionamentos da idade, diferente dos meninos que a acompanhavam,
olhar penetrante e decidido,
de uma força interior descomunal
Moleca danada com energia de sobra,
fala correta (pelo menos tentava),
comportada e apaixonante
Mulher, mãe, tia, amiga, apenas retratada como figura frágil por não aguentar o peso de uma Tv, de uma caixa, de bagagens, por chorar quando dá vontade ou não, por abdicar de tudo pelos filhos, por aceitar...porém forte o suficiente por ser sensível, intuitiva e determinada
Mulher, menina, moleca, todas as formas de ser única e admirada
Parabéns por hoje e sempre
"Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...
Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...
Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...
Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...
Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...
Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...
Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer..." (Rosa - Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa)
quinta-feira, 4 de março de 2010
Saudosa
As vezes o coração aperta e as lágrimas escorrem, mesmo fazendo esforço para que elas não saiam, em vão, elas escorrem e demonstram a saudade que sinto da ilha, de passar o tempo na introspecção, ouvindo música, o ir e vir das ondas do mar, o vento nas folhas, a brisa no rosto no fim da tarde.
Sinto falta de estar lá, acordar todas as manhãs com o canto do galo do vizinho, dos micos entre as telhas esperando minha tia alimentá-los, dos passos do cachorro gordo chamado Nick que arrastava-se pela casa com a respiração ofegante e vinha de mansinho cheirar meu pé, do cheirinho bom de café feito na hora e coado em coador de pano, do pãozinho quentinho recém chegado da padaria ao qual eu fazia questão de ir pedalando, das mangas e caju tirados do quintal em árvores que eram batizadas por nomes de personagens de novela
Sinto falta de madrugar na praia para ver os pescadores saírem, das caminhadas com o cachorro e com minha tia ao longo da areia, das braçadas até o barco e dos saltos ornamentais, da chegada dos pescadores, das puxadas de rede, do almoço reforçado, da risada gostosa, das cruzadinhas de fim de tarde, das sonecas na rede, do jogo de baralho no inicio da noite, do sorvete na pracinha, das fugidas até Aratuba ou Cacha Prego para as festas, das bebidas no meio da rua, do som improvisado na praça, da "paquera" de adolescente, das lotações para voltar, das caminhadas em noite de Lua Cheia, de conversas na porta de casa, de silêncio, de relaxamento, de paz.
Como era bom estar fora da cidade grande, como era bom conviver com os meus pensamentos sem ser interrompida por uma buzina de engarrafamento, por um grito de assalto, por luzes ofuscantes no meio da rua, por brigas desnecessárias
Sinto falta de estar lá, acordar todas as manhãs com o canto do galo do vizinho, dos micos entre as telhas esperando minha tia alimentá-los, dos passos do cachorro gordo chamado Nick que arrastava-se pela casa com a respiração ofegante e vinha de mansinho cheirar meu pé, do cheirinho bom de café feito na hora e coado em coador de pano, do pãozinho quentinho recém chegado da padaria ao qual eu fazia questão de ir pedalando, das mangas e caju tirados do quintal em árvores que eram batizadas por nomes de personagens de novela
Sinto falta de madrugar na praia para ver os pescadores saírem, das caminhadas com o cachorro e com minha tia ao longo da areia, das braçadas até o barco e dos saltos ornamentais, da chegada dos pescadores, das puxadas de rede, do almoço reforçado, da risada gostosa, das cruzadinhas de fim de tarde, das sonecas na rede, do jogo de baralho no inicio da noite, do sorvete na pracinha, das fugidas até Aratuba ou Cacha Prego para as festas, das bebidas no meio da rua, do som improvisado na praça, da "paquera" de adolescente, das lotações para voltar, das caminhadas em noite de Lua Cheia, de conversas na porta de casa, de silêncio, de relaxamento, de paz.
Como era bom estar fora da cidade grande, como era bom conviver com os meus pensamentos sem ser interrompida por uma buzina de engarrafamento, por um grito de assalto, por luzes ofuscantes no meio da rua, por brigas desnecessárias
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