Sempre tive fascinação pela cultura oriental, lembro-me quando eu tinha uns 8 anos, vivia cantando uma musica em japonês que havia aprendido em um desenho, colocava fita adesiva transparente no cantinho dos olhos e puxava para dizer que era oriental, fui crescendo e a admiração aumentava, na 7ª série do colégio estava apaixonada por um colega descedente de Japonês, muito tímida eu nem tinha coragem de falar com ele (risos), acredite!
Cheguei aos 17 anos com a idéia fixa de namorar um oriental, mais isso não aconteceu (+ risos).
Assistia desenhos (mangás) que passavam na Locomotion - canal da TV fechada, pesquisava em livros sobre gueixas, samurais, chás, alimentos, hideogramas, comportamento...
Aos 18 anos fiz a minha primeira tatuagem, e advinha?! Um hideograma japonês bem pequeno nas costas, já tinha o desenho desde os 15 anos.
Entrei na Faculdade de Turismo e a fantasia de aprender japonês rondavam os meus dias, formei em inglês, estudei espanhol no Hotel, entendia um pouco de Italiano e o japonês ainda não faz parte da minha vida.
Até hoje leio mangás, assisto desenhos e daí veio minha segunda tatuagem, um anjo em mangá, aos 27 anos de idade não paro por aí, ontem assisti um filme que há muito tempo estava a tentar, "O ultimo Samurai", lí várias críticas desabonando o filme, mais eu não consigo ver um filme somente por diversão, tento viajar na linha de raciocínio real, do que aconteceu naquela época, o que era ser um Samurai, a disciplina dos japoneses, as influências estrangeiras, o respeito aos mais velhos, a arte da concentração, a leveza da mulher, a beleza das gueixas, o cultivo do arroz, o trabalho com o tempo e com a natureza.
Resumindo, amei o filme!
Ele traz a arte da guerra, liderança, a influência dos americanos em treinamento e fornecimento de armas para uma parte da guarda do imperador, enquanto do outro lado, o que chamavam de rebeldes, existiam os Samurais, que acreditava proteger o imperador, eles não portavam armas de fogo, mais tinham suas espadas, cavalos, armaduras, arco e flecha e a disciplina nos treinamentos, no casamento, no cultivo e no relacionamento interpessoal - eram suas maiores armas- o respeito ao próximo, ao tempo da natureza e a honra de cada guerreiro eram primordiais.
Bom...a fotografia do filme é linda, a história é fascinante, recomendo este filme para quem gosta ou tem interesse em assistir.
Se há vidas passadas, acredito que estive do outro lado, olhinhos puxados, comendo de "palitinho" e cuidando do cultivo.
Arigatô!