segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Revirando um baú de memórias que não se perderam

Google Imagens



Muitas vezes olhei este mesmo horizonte e infelizmente foram em momentos de infortúnio, mesmo assim, enquanto as lágrimas escorriam minha face e um nó na garganta dificultava engolir, conseguia encher o peito e agradecer sem ser piegas ou sonhadora, fazia isso porque, por pior que as coisas parecessem ser eu sempre tive esperança que ia passar.


Depois de um tempo passei aceitar os acontecimentos e seguir, não queria saber se era para frente, para trás ou para os lados, eu simplesmente seguia. Estava cansada de reprises em minha vida, era como se um filme repetisse diversas vezes sem finais felizes, era como se eu fizesse uma limpeza para que os outros seguissem, já estava me acostumando com os "repetecos" que a vida me dava, pensava se seria minha missão ser faxineira de passados ruins (risos), até que as coisas mudaram, eu havia vivido tropeços, ninguém me dizia o que fazer e se eu realmente estava errada quando eu errava, se eu havia sido intolerante quando eu era intolerante, eu não sabia a diferença de ser grossa ou  estar indignada. 

Estou reaprendendo a caminhar e agora me vejo perdida, procurando por algo que me conecte aquela sensação de que estar feliz é prenuncio de tristezas longas e sombrias, e não encontro essa sensação. Diversas vezes notícias boas me dão arrepio de medo o que não deveria ser, mas também não sei me desvencilhar desse desejo inconsciente.

Joguei muita coisa fora e arranquei raízes que me faziam mal, desmatei ervas daninhas que roubavam a seiva de árvores frondosas, sei que ainda tenho mágoas incuráveis e peço todos os dias que eu consiga sarar, acredito que tenho "perdões" que ainda não foram perdoados e chegar a esse estado sublime nem com muita meditação, os imperfeitos amam mais e não procuram razão de explicar, são incuráveis e sedentos e assim sou eu.

Não procuro salvação, mas tenho uma "carta na manga", a minha mente, a minha mão direita, um papel em branco e caneta para que hajam desabafos que poucos ouvidos suportariam escutar e poucos corações ousariam entender, estou armada, mas não com as armas de Jorge (risos) e por algum motivo retornei aqui, onde vejo o horizonte, sinto a brisa e ouço o mar...











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