Findava mais um dia. O sol vazava pelo céu misturando-se com o azul em degradê, a maré dava o tom da sinfonia e o mundo parava para nós dois.
Naquela balaustrada éramos espectadores fascinados pela composição que se formava a nossa frente, falávamos dos acontecimentos recentes, das nossas percepções, da confiança, dos amigos e das nossas mudanças.
Enquanto ouvia suas palavras notei que elas se dissiparam com o vento e em mim latejavam uma mistura de sentimentos puro e que devo confessar, crescente a cada dia. O clima do sábado, véspera do dia dos namorados, era propício para tais demonstrações de carinho, dengo e amor sublime.
Por muitas vezes me pego a pensar que quando esse sentimento era uma semente eu o evitava e assim deixava me levar por corações levianos, porém, como tudo na vida é feito em um sistema cíclico em algum momento eu seria colocada "a prova". Condicionei-me a evitar qualquer sentimento que me levasse ao amor, pelo simples motivo de possuir feridas abertas que gangrenavam meu coração.
Em tuas confissões eu já não estava mais em seus planos, mas por algum motivo retomamos e possibilitamos estar um no plano do outro, tive medo, pensei em desistir, pois já estava cansada de lutar e a covardia nesses momentos é a melhor opção e você me fez crer, mostrou-me que estaria sempre ali, me fez rever alguns princípios e romper barreiras, como a cada dia que me faz perceber que agora não estou só.
Jardineiro cuidaste deste jardim sem ao menos eu te pertencer e agora estou a progredir e junto a mim estais aqui, que o nosso hoje seja eterno e que continuemos a prosperar juntos.
Sorrio por ter a ti e alegre por nos pertencer.
Feliz dia dos Namorados Casados!
Nenhum comentário:
Postar um comentário