domingo, 15 de maio de 2011

Terapeuta? Para quê?

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Muitas vezes me pego a pensar o quanto sofri e nunca disse nada aos meus melhores amigos, muitos não souberam o que houve.

Sempre pensei que podia preocupá-los com meus problemas banais se compararmos a tantos problemas que nossa sociedade vive.

Desejosa de poder ajudar e frustrada por não fazer 1/3 do que buscava quando era adolescente. Com ideias de ser ativista ainda entrei no Greenpeace, mas a corrupção e a política é tão doente que se enraiza feito uma erva daninha e suga toda a saúde de uma planta sadia, então resolvi abster desse cargo e assim veio a descrença e com essa palavra veio cargas e mais cargas de decepções em todos o âmbitos de que o cidadão comum pode prover, desde a relação com a sociedade, quanto na relação afetiva.

Terapeuta? Para quê? Precisaria, se pudesse pagar por eles, mas aí a vida vai passando e as prioridades vão surgindo, filhos, pais, pagamentos, trabalho e assim às 24 horas do seu dia tornam-se pouca para o que se tem que fazer, os outros vão subindo e ocupando o primeiro plano que antes era seu e você cada vez mais busca razões para não pensar e assim seus dias são apenas tentativas de deixar de existir, se fosse possível, é claro!

A saúde já não responde como há 10 anos atrás, os problemas emocionais tornam-se vírus dentro do seu organismo, debilitando os seus anticorpos e te consumindo, e quando os sintomas dessa gripe atingem o seu subconsciente, travamos, o medo é um dos piores sintomas, ele aciona a sua memória visual e sinestésica e a reação é ficar estática diante da situação.

Confesso! O objetivo dos meus textos é tentar acabar com essas mágoas que tanto pesam no meu corpo. E o intuito da vida é repassar esses flashes como se fosse o "vale a pena ver de novo" da Globo (plim! plim!), para que assim a razão pondere o que vale a pena e o que pode ser mudado para valer a pena.

Quando reconhecemos nossos erros e nos permitimos corrigi-los ou fazer diferente, transcendemos um nível. Tentarei perdoar e ser perdoada, confessando e quem sabe parar por aqui com essas ideias de concepções desordenadas...





Um comentário:

Clau Souza disse...

Bom demais ler esse texto... Escrever é um remédio doce e milagroso.

Olha, pra vc;

‘Achava belo, a essa época, ouvir um poeta dizer que escrevia pela mesma razão que uma árvore dá frutos. Só bem mais tarde viera a descobrir ser uma calúnia aquela afetação: que o homem, por força, distinguia-se das árvores, e tinha de saber a razão de seus frutos, cabendo-lhe escolher os que haveriam de dar, além de investigar a quem se destinavam, nem sempre os oferecendo maduros, e sim podres, e até envenenados.'

Osman Lins: Guerra sem testemunhas


Um beijo.