Um dia chuvoso em pleno Outono e as pessoas evitam sair, mas um filme é a melhor pedida. Aqueles que tem uma companhia, "cobertor de orelha", optam pela pipoca com chocolate quente no sofá de casa e os solitários curtem a solitude em uma sala de cinema.
Um domingo qualquer pode ser o dia mais improvável para se ter alguém nos braços, mas foi assim que três inusitados casais se formaram naquela tarde chuvosa, cada um com vidas diferentes se encontraram em uma sala vazia de um cinema.
Senhores, senhoras e jovens enamorados, a projeção naquela tela não dizia nada, o calor da sala aumentava ao modo que os entrelaces eram feitos em cadeia. Mãos, pernas, braços e beijos ardentes. No escuro de uma sala tudo podia acontecer.
Ao modo que o filme ia chegando ao fim, a melancolia do dia abatia os espectadores, a distância entre os casais iam aumentando, a sala tornava-se fria e os créditos finais iam sendo projetados lentamente na tela, as luzes acendiam informando que era hora de ir embora, sem saber os nomes uns dos outros ou se haveriam próximos encontros, foram saindo vagarasomente. Um silêncio sepulcral dominava os corredores de saída e o dia se findava.
** 62ª Edição Visual do projeto Bloínquês
Um comentário:
Poxa começar o dia só encontar alguém e terminar só novamente.
É as vezes acontece.
http://cantinhodoescritoreleitor.blogspot.com/
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