quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quando a preocupação rouba o sorriso de sua face



O Sol estava brilhando através de sua janela, ainda em sono profundo a claridade não a incomodava
O celular começou a tocar...hora de levantar
Um dia estranho e ela acordou assustada, teve um sonho nítido, quase real e altamente significativo
Levantou da cama ainda pensativa e cambaleando, sentiu um aperto no peito e desceu para tomar café, com o olhar perdido o tempo deu uma pausa, o coração desencadeou em ritmo acelerado e descompassado
A impaciência bateu na sua porta e ela a deixou entrar
Abriu uma janela do seu subconsciente, sentada na cadeira ela assistia o que acontecera na noite que passou.
Subia ansiosa o penhasco, angustiada pois não tinha ideia do que ia acontecer,
O céu estava cinza. Nuvens anunciavam uma chuva rápida, nada era nítido, uma neblina cobria o caminho que ela percorria
Alguém acompanhava seus passos enquanto ela caminhava. Seus pensamentos encaixavam-se como um filme, uma duvida assombrava suas decisões
Ao chegar em um ponto alto ela debruçava sobre as pedras para ver o que havia lá embaixo, a altura sempre a fascinou, em crises de depressão as janelas são trancadas e as caminhadas são totalmente térreas. Seus olhos negros percorriam cada detalhe daquele canyon, pedras com muito limo devido a umidade, a noite ameaçava dispensar o dia e a luminosidade do local foi ficando precária a cada segundo que ela permaneceu ali. Parada. Estática.
Algo chamou-lhe atenção, havia um chápeu de palha na entrada de uma gruta.
- Como foi parar ali?
Ela observava e um sentimento de descer até aquele ponto a provocava. O que fazer?!
Ao se perceber na mesa do café ela voltou a si e notou que a preocupação compartilhada havia roubado seu sorriso e então optou por um dia de solidão...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sensação



Olhar perdido
Coração apertado
Pensamentos sem nenhuma conexão
Sinapse interrompida
Um sentimento que esta a sufocar
Não sei o que é e nem sei se devo saber
Inexplicável
Tentar descrevê-lo é como se eu transferisse a angustia
Respirar dói
As costelas comprimem o pulmão
A traqueia é um nó só
As letras estão embaralhadas e sem sentindo tentam formar frases e construir um texto e tudo que consigo são pausas de algo que me incomoda, me arrepia, faz eu suar frio e perder a fome
O que eu desejo não está em minhas mãos
O que eu quero fazer nesse momento está fora do meu alcance
Então, como aconselhou um palhaço de nariz vermelho e brilho no olhar:
- Faça tudo do mesmo jeito que você sempre fez.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Para que a melodia retorne, tiro a poeira e completo com uma corda...



Foi meu companheiro
Cúmplice
Reparti momentos melancólicos, momentos de euforia, momentos românticos e de amor pleno
Já viajou e foi acariciado por outras mãos e eu sempre estive ao seu lado, repartindo
Reencontrei
Não estava jogado, estava largado, completamente negligenciado
Ainda emitia sons, um pouco desafinado, forcei e parti um pedaço de ti, pode ter sido uma nota mais alta ou mais grave, você não resistiu
Empoeirado e sem uma corda de ânimo, encostei no canto e descobri que "forçaram a barra", prometo voltar a repartir assim que eu puder te reconstruir, acredito que a mágoa que tens de mim desaparecerá na minha redenção, lembrarei as minhas primeiras notas e te levarei comigo onde quer que eu vá

Nas mãos de Chronos



Peço desculpas antecipadamente por não saber o que fiz
Você diz que me conhece bem, afirmo que não, conheces a terça parte do que sou ou que poderei vir a ser
Agressiva nas palavras?! As vezes é preciso, é necessário
Conversaremos sobre isso? Não!
Desisti! Sabe o motivo?
Você tampa os ouvidos quando eu falo, você agride sendo rude e indelicado
Triste situação, triste coração
Continuo ainda a torcer por você, para que essa nuvem negra que insiste em te rodear possa dissipar e por incrível que isso possa parecer, ainda consigo ver um cara legal, agradável e companheiro...

Digo que não sei ser outra pessoa, somente eu mesma
Poderei mudar meu comportamento de acordo com o ambiente, sendo "camaleoa" e dançar conforme a música, mais nunca me peça para mudar o que sinto e o que sou, seja essa atitude infantil ou madura
Nos meus olhos transpareço minha alma, se não sou bem vinda me calo, me retiro e se não queres me ver, afasto-me distanciando aos poucos, gostaria muito de poder te compreender e em sequência ser compreendida, mais infelizmente não é bem dessa forma que "a banda toca".

Seguiremos nossos caminhos e aceitaremos a convivência...e assim Chronos vai ajeitando aos poucos para que as peças possam futuramente rodar sem travas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

De onde brota a vida?


Foto: Gilberto Lyrio

Um desafio foi lançado e eu aceitei!

De onde brota a vida?

Pode ser do horizonte ou de trás do monte;
Pode ser também na luz de um luar ou em apenas um olhar;
Pode ser no choro de uma mãe em alguma madrugada da maternidade de um hospital;
Pode ser daquela pequeno grão que caiu de um passarinho que voava apressado fugindo do seu predador;
Pode ser nas páginas de um livro ou em uma novela.

São infinitas possibilidades sem fonte conhecida, sem dados precisos que comprovem a sua origem.
A vida brota dos lugares improváveis, incertos, inesperados, no meio do caminho, em um caminho inteiro ou tudo junto formando uma coisa só.
Basta uma ação, uma semente e deixa que fazemos o resto.
Do nascimento a gestação, do crescimento ao amadurecimento, do envelhecimento a eternidade.
E a vida brota de algum lugar, a cada segundo, a cada sonho, a cada desejo e expectativa.
Vivemos procurando siguinificado em tudo que vemos,
Vivemos nomeando imagens que sem nome podem voar livre e ser o que cada um quiser.

Não sei de onde brota a vida, mais sei como devo aproveitá-la.

terça-feira, 18 de maio de 2010

A angústia de um palhaço


Foto: Google Imagens

Um personagem da vida real que na sua mochila traz os sorrisos para as faces tristes e as gargalhadas para faces felizes, ontem estava aflito, pois seu Sol se pôs em meio a nuvens de chuvas e ao cantar uma canção o temporal se fez.

Calma querido personagem de nariz vermelho e coração aberto, o clima instável, não sabemos quando o Sol brilhará em um céu azul ou entre nuvens carregadas.

As areias do tempo correm, mais o Sol ainda brilha por você, colorindo os seus dias mais aflitos, encontre o Sol, dedique-se a ele, apaixone-se novamente, pois esse Sol está sendo cobrado diariamente a brilhar independente do clima.

Desejo sorte, compreensão entre esse personagem de nariz vermelho e desse Sol encantador de sorriso firme.

Assinado: Uma pensadora que ainda acredita na pureza do amor e na essência do ser.