domingo, 19 de setembro de 2010

Aprendendo =)



Se você quer um pouco de mim
Só deveria esperar
E caminhar a passo lento
Bem lento
E pouco a pouco esquecer
O tempo e sua rapidez
Frear o ritimo
Ir bem lento
Cada vez mais lento

Ser dedicado e esperar
Quero tempo pra te dar
Tudo o que eu tenho
Ser dedicado e esperar
Quero tempo pra te dar
Tudo o que eu tenho

Se quieres so un poco de mi
Da me paciencia e veras
Sera mejor que andar corriendo
Levantar vuego

E pouco a pouco esquecer
O tempo e sua rapidez
Frear o ritimo
Ir bem lento
Cada vez mais lento

Ser dedicado e esperar
Quero tempo pra te dar
Tudo o que eu tenho
Ser dedicado e esperar
Quero tempo pra te dar
Tudo o que eu tenho

Si me hablas de amor
Si sua vida es mi vida
Restare mas tiempo sen saber que siento

Ser dedicado e esperar
Quero tempo pra te dar
Tudo o que eu tenho
Ser dedicado e esperar
Quero tempo pra te dar
Tudo o que eu tenho

terça-feira, 14 de setembro de 2010

I'll be back soon

Foto: Ade

Posso parar diversas vezes e mesmo assim é tentador ver o cursor na tela em branco piscar e aguardar meus comandos quase que involuntários de registros de uma mente insana.
Sim queridos companheiros de jornada, ultimamente estou em um Furacão de questionamentos, quando resolvo falar a minha voz ecoa e se propaga de uma forma que enlouqueço, passo horas tentando construir formas de me livrar de fantasmas que me perseguem, desconstruir estereótipos. A verdade é que quando se perde a razão de estar em algum lugar não é hora de se mudar, é hora de olhar para si, chega de espelhos, não quero olhar o meu reflexo, preciso entender algumas razões e a certeza de não ser mais auto suficiente me assustou nestas ultimas semanas.
Por esse motivo preciso parar, não de caminhar, mas de arrumar a mochila toda vez que isso acontece.
Estou sem ideias, vejo o meu barco correr rio abaixo e da margem eu aguardo o sol se pôr e a noite cair. Dei o primeiro passo, mas ainda estou presa sem poder navegar.
Então, volto em breve. Sintam minha falta, porque eu também sinto.

Até breve!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quando algo vai mau, o que você faz?

Foto: Carla Palmeira


São determinados períodos que acontecem, são sinais do corpo que tentam chamar a sua atenção para algo que vai mau e então você escolhe ignorar os acontecimentos e usa paliativo como afundar em trabalho e ocupar cada espaço de tempo, permitindo cobrir o espelho para não deparar com a janela de sua alma.

Mesmo sabendo que esta escolha te levará para um lugar íngreme, tal como a ponta mais alta, onde o ar é pesado, onde a neblina é densa e onde formações de nuvens deixam o céu cinza e a paisagem sem cor, mesmo assim você insiste e vai.

Em um determinado momento, sozinho, você consegue pensar em você e aí explode, lágrimas são como chuvas de inverno, não param de cair até que consiga alagar.

Sei que agora chegou o momento, o pedido de socorro foi escrito e em conjunto há uma mobilização em prol do crescimento e do auto conhecimento, são dez anos negando, são dez anos dizendo não haver tempo e agora?!

Bom...Após tantos ciclos chegou o momento de retomar o controle, tirar você daquela caixinha e começar a mostrar o mundo aqui fora, chega de arrumarmos a mochila quando algo acontece, só arrumaremos quando for para fazer acontecer.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vivendo meu inferno astral


Olho ao meu redor em busca de respostas, são tantas perguntas em minha mente que fazem do meu dia um silêncio de palavras escritas.

Sinto-me estranha, é como se alguns lugares não fizessem parte de mim, é como se eu fosse duas pessoas diferentes, não me reconheço diante do espelho. O meu reflexo lentamente se afasta e a cada vez mais distante, fico impossibilitada de escutar o que tem a me dizer.

Sinto dores das mazelas de um coração com cicatrizes irreversíveis, ouço vozes depreciando o meu estado de espírito, respirar torna-se uma missão quase impossível, a melodia decadente de alguém que sofre é soprada pelo vento frio que entra pela fresta da janela e inebria o ambiente embebedando o meu ser, a visão turva dificulta a formação de um texto conciso.

O céu está cinza e lentamente a chuva cai no mesmo ritmo que as lágrimas escorrem em meu rosto, hoje a introspecção me levou para um quarto escuro e sem enxergar agucei o que me incomoda, dei vazão aos pensamentos engavetados, pensei como se hoje fosse o meu penúltimo dia e sofri, pois senti falta de muita coisa em mim, meu resgate está sendo difícil, este ano completa 10 anos de buscas intermináveis, de planos que foram jogados fora, de cursos dos rios que foram modificados, de pontes construídas que não levam a lugar nenhum.

A areia do tempo corre na ampulheta e eu estou a observar, preciso partir antes que eu seja engolida pelo meu próprio pezar, preciso voar para sentir a brisa em meu cabelo, preciso sentir o brilho do sol em meu corpo, preciso ver a lua nascer, preciso ouvir o mar em uma noite estrelada, preciso enlouquecer, preciso me descontrolar, o trem já está andando e nas estações tento achar as respostas e até o momento não as encontrei, mas a vontade de saltar é grande, correr o risco de cair perturba meus dias silenciosos.

O meu inferno astral já está chegando ao fim e com ele a introspecção partirá, deixando resquícios de uma turbulência emocional e ainda assim não sei o que fazer...