terça-feira, 14 de setembro de 2010

I'll be back soon

Foto: Ade

Posso parar diversas vezes e mesmo assim é tentador ver o cursor na tela em branco piscar e aguardar meus comandos quase que involuntários de registros de uma mente insana.
Sim queridos companheiros de jornada, ultimamente estou em um Furacão de questionamentos, quando resolvo falar a minha voz ecoa e se propaga de uma forma que enlouqueço, passo horas tentando construir formas de me livrar de fantasmas que me perseguem, desconstruir estereótipos. A verdade é que quando se perde a razão de estar em algum lugar não é hora de se mudar, é hora de olhar para si, chega de espelhos, não quero olhar o meu reflexo, preciso entender algumas razões e a certeza de não ser mais auto suficiente me assustou nestas ultimas semanas.
Por esse motivo preciso parar, não de caminhar, mas de arrumar a mochila toda vez que isso acontece.
Estou sem ideias, vejo o meu barco correr rio abaixo e da margem eu aguardo o sol se pôr e a noite cair. Dei o primeiro passo, mas ainda estou presa sem poder navegar.
Então, volto em breve. Sintam minha falta, porque eu também sinto.

Até breve!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quando algo vai mau, o que você faz?

Foto: Carla Palmeira


São determinados períodos que acontecem, são sinais do corpo que tentam chamar a sua atenção para algo que vai mau e então você escolhe ignorar os acontecimentos e usa paliativo como afundar em trabalho e ocupar cada espaço de tempo, permitindo cobrir o espelho para não deparar com a janela de sua alma.

Mesmo sabendo que esta escolha te levará para um lugar íngreme, tal como a ponta mais alta, onde o ar é pesado, onde a neblina é densa e onde formações de nuvens deixam o céu cinza e a paisagem sem cor, mesmo assim você insiste e vai.

Em um determinado momento, sozinho, você consegue pensar em você e aí explode, lágrimas são como chuvas de inverno, não param de cair até que consiga alagar.

Sei que agora chegou o momento, o pedido de socorro foi escrito e em conjunto há uma mobilização em prol do crescimento e do auto conhecimento, são dez anos negando, são dez anos dizendo não haver tempo e agora?!

Bom...Após tantos ciclos chegou o momento de retomar o controle, tirar você daquela caixinha e começar a mostrar o mundo aqui fora, chega de arrumarmos a mochila quando algo acontece, só arrumaremos quando for para fazer acontecer.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vivendo meu inferno astral


Olho ao meu redor em busca de respostas, são tantas perguntas em minha mente que fazem do meu dia um silêncio de palavras escritas.

Sinto-me estranha, é como se alguns lugares não fizessem parte de mim, é como se eu fosse duas pessoas diferentes, não me reconheço diante do espelho. O meu reflexo lentamente se afasta e a cada vez mais distante, fico impossibilitada de escutar o que tem a me dizer.

Sinto dores das mazelas de um coração com cicatrizes irreversíveis, ouço vozes depreciando o meu estado de espírito, respirar torna-se uma missão quase impossível, a melodia decadente de alguém que sofre é soprada pelo vento frio que entra pela fresta da janela e inebria o ambiente embebedando o meu ser, a visão turva dificulta a formação de um texto conciso.

O céu está cinza e lentamente a chuva cai no mesmo ritmo que as lágrimas escorrem em meu rosto, hoje a introspecção me levou para um quarto escuro e sem enxergar agucei o que me incomoda, dei vazão aos pensamentos engavetados, pensei como se hoje fosse o meu penúltimo dia e sofri, pois senti falta de muita coisa em mim, meu resgate está sendo difícil, este ano completa 10 anos de buscas intermináveis, de planos que foram jogados fora, de cursos dos rios que foram modificados, de pontes construídas que não levam a lugar nenhum.

A areia do tempo corre na ampulheta e eu estou a observar, preciso partir antes que eu seja engolida pelo meu próprio pezar, preciso voar para sentir a brisa em meu cabelo, preciso sentir o brilho do sol em meu corpo, preciso ver a lua nascer, preciso ouvir o mar em uma noite estrelada, preciso enlouquecer, preciso me descontrolar, o trem já está andando e nas estações tento achar as respostas e até o momento não as encontrei, mas a vontade de saltar é grande, correr o risco de cair perturba meus dias silenciosos.

O meu inferno astral já está chegando ao fim e com ele a introspecção partirá, deixando resquícios de uma turbulência emocional e ainda assim não sei o que fazer...


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Everybody Hurts - R.E.M



When your day is long
And the night the night is yours alone
When you're sure you've had enough of this life
Hang on

Don't let yourself go
'Cause everybody cries
And everybody hurts, sometimes

Sometimes everything is wrong
Now it's time to sing along
When your day is night alone (Hold on, hold on)
If you feel like letting go (Hold on)
If you think you've had too much of this life
To hang on

'Cause everybody hurts
Take comfort in your friends
Everybody hurts
Don't throw your hand, oh no
Don't throw your hand
If you feel like you're alone
No, no, no, you're not alone

If you're on your own in this life
The days and nights are long
When you think you've had too much of this life
To hang on

Well, everybody hurts
Sometimes, everybody cries
And everybody hurts, sometimes
But everybody hurts, sometimes
So hold on

domingo, 5 de setembro de 2010

Sou diferente e ponto!

Foto: Google imagens


A cada dia me reconheço um pouco mais, deixo de ser hipócrita para realmente acreditar e aceitar que sou diferente.

Gargalhadas pausam meus pensamentos quando relato isso, pois da minha mente vem as imagens mais loucas e alucinantes do que é ser fora do comum, dedos a mais, olho na testa, braços extras, entre outras insanidades. Bom, voltando ao confessionário, sei que a razão me pertence em poucos momentos, mas a emoção é pura e intensa, e por esse motivo dissolvo em amor, diluo em lágrimas, transpiro raiva quando tenho motivo, arranho a garganta nos gritos engasgados e brilho em sorriso.

Ai caramba! Eu sou assim e isso não me incomoda, pelo menos hoje em dia (risos). Sei que assusto e sinceramente não sei em que ponto faço isso, é uma ação inconsciente e desprentesiosa. Convivo com essa miscelânea de reações, mas me permito desacostumar diariamente, desprogramando os medos que aparecem quando tudo é indicação de um "déjà vu".

É difícil encontrar alguém que seja desprendido de possessividade, é difícil encontrar alguém que possa perdoar no coração os erros, é difícil encontrar alguém que sinta uma inveja não prejudicial, é difícil encontrar alguém que te apoie em todos os sentidos, é difícil encontrar alguém que pense no coletivo. Não sou perfeita e nem possuo todas as qualidade 100% do tempo, sou um ser humano e nesta classificação eu erro, tenho sentimentos ruins também, somos o Yang e o Ying e um só corpo, às vezes no equilíbrio, onde tento me manter a maior parte do tempo e às vezes descompensados (risos).

É isso! Repito que sou imperfeita, pois gosto desta posição, desagradar de vez em quando é muito bom, decepções existem para podermos encarar a realidade de termos defeitos e assim lapidamos para encontrarmos a beleza de ser somente essência e enquanto eu acreditar nas pessoas, apostarei, porque vale a pena.

Sou diferente e ponto!