quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Segundos

Na janela do carro, com os ventos a mexer nos meus cabelos, os pensamentos surgem. Penso em que lugar poderia estar, com quem e como, olho para o céu a procura de uma resposta que nunca encontrarei, meu reflexo é projetado no retrovisor do carro mostrando-me. 

Quanto tempo passou e o que me tornei? Muitas vezes vejo o melhor de mim, outras vezes enxergo a pior parte, me censuro, critico, condeno-me!

 Em uma prisão sem fim surgem novamente as duvidas. 

Opto por mudar sempre, sair da zona de conforto, desbravar o mundo ao redor. A consciência me acompanha para realizar as escolhas quando a vida lhe oferece oportunidades, solitude, solidão no olho do furacão, amoleço. A chuva refresca o calor intenso, faz frio e os pensamentos voltam a me aquecer, coração dispara em uma sinfonia sem fim e então paro! 

Aos poucos o que parecia tempestade tornou-se calmaria e transporto-me ao meu canto especial, projeto-me e volto a enxergar o reflexo no espelho dos olhos negros que deixei no passado. Primaveras são assim, transformações turbulentas e dolorosas de venenos da selva de pedra e recordações.

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