quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Céu está chorando

Google imagens

Duas noites insones

Um dia entregue ao obscuro de uma mente cansada

Dominada pela solidão de pensamentos pessimistas, abrindo janelas para sentimentos corrosivos, faziam-me sentir a razão da caixa de Pandora se abrir e todos os males da humanidade fluírem, sentia-me um estorvo tão grande que não havia força para levantar da cama.

A prostração era meu refúgio dos problemas que aconteciam e as lágrimas eram gotas do sabor de entrega. Se é que esse tipo de delação pode ter sabor.

As horas passavam e o silêncio da solidão calava e sufocava aquele músculo pulsante que guardo dentro de mim, tantas razões corriam e buscavam rapidamente recordações dolorosas que rasgavam minhas entranhas e dilaceravam os sentimentos puros, tornando-me uma pessoa que eu não desejava ser.

Sem conseguir distinguir se haveriam motivos ou razão para tal alimento da obscuridade fui dando vazão a voz que vinha do coração e o silêncio calou-se, permitiu assumir erros e tocou profundo.

A dor faz parte de muitos processos, são sucessivas mortes das partes que não lhe cabe mais, é um espaço dado para que se possa mudar o cultivo e assim moldar da melhor forma.

A melodia que ouço tranquiliza um humor inconveniente, as ondas do mar que avistava daquele banco de madeira que a muito não me fazia retornar, acalmam meu espírito e renovam meu ser, não posso viver sem essas ondas que me acolhem, a brisa vinda do horizonte refrescava minha mente e me preparava para o retorno ao trabalho.



Nenhum comentário: