segunda-feira, 18 de abril de 2011
Uma das madrugadas insones que não costumamos ter
quinta-feira, 7 de abril de 2011
domingo, 27 de março de 2011
O Domingo de um outuno chuvoso
Um dia chuvoso em pleno Outono e as pessoas evitam sair, mas um filme é a melhor pedida. Aqueles que tem uma companhia, "cobertor de orelha", optam pela pipoca com chocolate quente no sofá de casa e os solitários curtem a solitude em uma sala de cinema.
Um domingo qualquer pode ser o dia mais improvável para se ter alguém nos braços, mas foi assim que três inusitados casais se formaram naquela tarde chuvosa, cada um com vidas diferentes se encontraram em uma sala vazia de um cinema.
terça-feira, 22 de março de 2011
Eu e você on line
Era uma manhã de carnaval e a cidade estava em festa, mas no coração da folia, uma garota de cabelos longos e negros, com um pouco mais que 21 anos, era avistada em uma daquelas janelas que beiravam o mar, sentada defronte ao computador esperava algo de bom acontecer.
As ruas lotadas de foliões, alegres e cantantes e a sua rede de amigos "off line". Melancólica, por causa de um desamor ela não queria colocar os pés para fora do quarto.
Do outro lado do mundo, um garoto também era avistado em sua janela que beirava o mar, cabelos lisos que caiam sobre o rosto e o olhar firme, incansável, mirava o seu computador na esperança de poder conversar com alguém, de ter uma companhia naquela noite fria. Em uma dessas salas de bate papo eles se encontraram. Era fácil, já que no Carnaval os jovens costumam sair de casa e esquecem da Internet. E foi assim que tudo começou...
"2º lugar na 61ª Edição Musical Bloínquês"
quarta-feira, 16 de março de 2011
Saudade consumida
A metereologia anuncia chuva, o calor intenso induz a súplica por uma brisa.
E o que importa se estamos sós?
Achados em uma noite, uma lua a crescer nos presenteando com sua beleza refletida nas águas límpidas do mar e a sugestão de imortalizarmos aquele momento com apenas um registro de lentes ávidas por um piscar.
Os casais dispostos no caminho nos diverte para imaginar, nosso lugar tornou-se varanda de muitos. Observadores mudos passeiam e param fixamente sem emitir quaisquer comentário, pois invariavelmente as suas palavras são incompreensíveis.
Um silêncio e o portal de projeções se abre, um sorriso brota dos lábios, os olhos fixos em ti certamente respondem o que tanto tens dúvida. Foram sementes germinadas depois de tanta dedicação, surgiu para mim como o estalar dos dedos quando se tem uma ideia, uma interrogação que se tornou convicção. Do futuro tenho receio, por sempre começar bem e durar tão pouco. Sinto intensamente com todos os predicados e adjetivos, sou um dicionário de sentimentos grafados, traduzidos em textos intríscecos de palavras mudas.
Sou um barulhinho discreto e ofegante, de quatro letras (uhum), enquanto és um poço de palavras deliciosamente marcadas de perguntas sedentas.
Posso sentir a diferença no querer.
Como poderia ser igual se o nosso lugar é tão seguro quanto o nosso consumo de saudade?
Toda vez que passo por aqui reativam as lembranças. Foi neste pedacinho de mundo que tudo começou e mais uma vez seria aqui que tudo se firmou.
De ontem em diante deixo de pertencer somente a mim e tu deverás consentir em não mais ser único para si, pois estou ao seu lado e o pertencer é mutuo.
Palavras de quatro letras equilibram-se no meu jeito de ser e pertencer a vida, deixemos o que virá e realizemos o que está acontecendo.
Lua, mar, céu limpo e a "meia luz" da madrugada.
Eu, você e mais nada.
sábado, 12 de março de 2011
Desculpa por não ser aquela que tanto sonhou
Peço desculpas se não estudei em uma universidade pública, se me formei em uma profissão não reconhecida.
Peço desculpas por não fazer pós graduação em um curso que não me trará benefícios futuros, somente um título.
Peço desculpas por não me vestir de terninho e salto ou por usar maquiagem ao sair, deixar o cabelo crescer e parecer oficialmente como uma mulher de 30.
Peço desculpas por não assistir ópera, apesar de gostar ou ouvir música clássica ao entardecer.
Peço desculpas pelos programas noturnos não incluir jantares em restaurantes refinados.
Peço desculpas por ao brincar com meu filho eu ser tão criança quanto ele.
Peço desculpas por gostar de esportes radicais e não de balé.
Peço desculpas por carregar as suas frustrações, os seus medos e receios.
Peço desculpas por não ter casado de véu e grinalda em uma Igreja cheia de flores pomposas ao som da marcha nupcial ou por não ter escolhido um marido bem sucedido da alta sociedade.
Peço desculpas se tenho alma de artista e se tudo que eu quero é ter a liberdade de ser apenas eu.