Vírgulas? Pequenas pausas que fazemos durante uma leitura, uma respiração mais forte ou apenas um suspiro. Talvez um destaque, dando ênfase ao que consideramos importante, relevante.
Neste suspiro, um respiro, tentando transmitir em voz alta o que é este sentimento. Por muitas vezes, acredito ser impossível e penso em apenas uma palavra que carrega tanto sentimento que muitos temem em dizer e em até ouvir, alguns banalizam e usam sem imprimir a real carga energética que a compõe.
Ela tem diversas formas, diversas medidas, pode caber em um potinho, pode ser maior do que o infinito, se é que existe tal grandeza.
Posso escrever poemas, uma música, um texto, posso te dizer baixinho no ouvido ou ao despertar e mesmo assim, será apenas uma palavra forte entoada. Pode ser um mantra, pode ser escrita, pode ser cantada, recitada, pode vir de amigos, mãe, pai, irmãos, filhos, de um olhar, de ações e ainda assim a palavrinha de 4 letras consegue descortinar infinitas camadas do seu próprio existir.
Ofegante, arrepios, medo, um leve desespero de fragilidade e na mente latejando, morde-se os lábios para que, se escapar, não seja cedo ou demasiadamente tarde.
E o que me orbita neste momento? O que meu corpo sente, pulsa, reverbera, se não for o que estou pensando que seja, se não for essa força, acredito que seja algo muito perto, é um vir pra ficar, é um sopro de despertar, é um querer, é um silêncio cheio de barulho e um barulho neste silêncio.
E com os lábios mordidos, com o coração acelerado, friozinho na barriga, arrisco, confio e registro que tudo isso é o meu amor crescendo. Pegou a visão? AMOR.