segunda-feira, 1 de setembro de 2014

UTI de amor ao próximo aos seus e aos meus


 Foto: Carla Palmeira

Em meio a multidão, sozinha.

Onde tem festa, bebida e comida de todos os tipos, eles estão lá.

Gargalhadas, conversa fiada, muito barulho por nada, cada um com o seus, cada qual com as suas, um cartão de crédito em uso e o reino do "eu na noite".

Cenas repetidas nos aniversários, nos finais de semana e nos encontros. Nem tudo que é festa é feliz, interesses rolam e desenrolam e eu de espectadora fico triste com tanta falsidade e egoísmo. O ser humano está a cada dia mais desumano.

O que vejo é simples, uma mulher guerreira que apenas deseja ir em lugares diferentes em que o dinheiro menos importe, que o amor e o respeito seja o seu forte e que a família que formou seja o seu orgulho. Lugares que te proporcione sorrisos verdadeiros, novidades culturais e experiências inesquecíveis, para que a bagagem de partida seja leve e prazerosa. Mas não contamos com a fragilidade da nossa matéria, o corpo nada mais é que nossa materialização de energia, uma matéria frágil que nos prega peças e nos mostrar o quanto somos dependentes uns aos outros.

Castelo de areia, onda levou e o que restou foi a fé e poucos ao seu redor, superei meus traumas, lembranças e mais uma vez volto aqui,  neste espaço intranquilo no meu ser e sereno no passar, superando-me e fazendo os que os poucos de sangue poderiam fazer.

Triste pensar que o normal é estarmos sozinhos com nossas crenças e quando mais precisamos de ajuda dos nossos, vejo desmoronar como uma pirâmide de cartas defronte ao ventilador.

Voltando a escrever e infelizmente com pensamentos de desabafo por pensar que mesmo que haja remédio para as pessoas o tratamento será intensivo. Encerro o dia de hoje desejando que todos desfrutem de uma UTI de amor ao próximo.