quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Repetindo a dose do pôr do sol

O sol latente desenhava o seu perfil fazendo uma composição única na paisagem natural
O toque do berimbau melodiava o cântico dos pássaros e a maresia trazida pelo vento abrandava o calor da tarde
No Céu límpido ela via a esperança de dias claros
As ondas contornavam as pedras permitindo a sua estadia permanente no meio do percurso
O silêncio morria em seus lábios e o que falavam eram apenas os seus olhos
Rubros, eles "cristalinizavam" e assim como o mar, salgavam o seu fim de tarde
E por uma eternidade ela permanecia entre o sol que se despedia e a lua que surgia
Hoje, apenas o que desejava era repousar nos braços de Morpheu, era o que te confortaria
O aconchego do lar protegeria
Ela estava disposta a ir embora, tomar outro rumo e contigo levar o seu maior tesouro e assim ganhar o MUNDO.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Apenas um poema

Escrevo para que alguém responda
Espero que não se esconda

O que sinto está guardado para ti
preocupa-se?
Relaxe, eu não o atribuí

Sei que vem nas ondas do mar
Mais também pode vir pelo ar

Não se sabes se estás pelas ruas
Ou se sonhas que sou tua

Estradas desertas

Pelos dias e pelas noites
te quero sem saber quem és
vejo apenas entrar nos meus sonhos
marcando o rítimo pelos seus pés

E em um triste bolero
ainda te espero
sem ter a certeza
se te quero

Finalizando
Eu vou exagerando

E nesse tempero
vem o desespero

O tempo passa
e no forno o coração assa
cria-se uma carapaça

Amar de novo
é sempre mais um ovo

Chocado nasce uma vida
quebrado esparrama em apenas ida

Amanhece o dia

Break

O céu alaranjou
Na cor de mel espalhou-se entre o branco algodão e o azul anil
No mar eram refletidos a magia dos raios
O brilho ofuscava aquele olhar atento e perdido no horizonte
Contra a luz emanada pelo astro rei via-se as sombras dos guerreiros pairando sobre as ondas, uns com remos outros apenas bailando o corpo e a mente
Sentada naquele banco de madeira longínquo ela observava quase tudo, de repente um "oi", um diálogo produtivo, apresentações formais e uma tarde maravilhosa ao som de atabaques, berimbau e uma voz grave entoando cânticos da capoeira
A frente descansavam casais, turistas posavam para fotos e lá embaixo ela desejava estar além das pedras, esperando a próxima ondulação para sentir a liberdade de um mundo paralelo, lembrar como era bom acordar no mar, ver o sol nascer, respirar a maresia e sentir-se
O tempo parecia parar diante de tanta beleza, mais o dever a chamava e poucos minutos tornaram-se areia na ampulheta, despedidas e um até breve...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Buscas

Caminhando pela orla, beirando o mar, divido-me entre o barulho incessante do progresso e o balsâmico som das águas salgadas ao mesmo tempo em que observo as gaivotas pairando sobre os “imperadores das ondas”, deslizando na espuma da crista em uma conexão harmônica: Homem & Natureza. Consigo desconectar-me do “burburinho” da rua

((Pensamentos efevercentes))

Retomo-me aos acontecimentos desta manhã, o corpo trêmulo, a boca seca, as mãos esfriam, revolto-me, não consigo conceber algumas atitudes, alguns comportamentos, a paz que rondava meu coração esvaiu-se, lágrimas que purificam as janelas da minha alma escorrem pelo rosto, percorrendo um caminho árduo até dissolver as mágoas carregadas há tanto tempo
Eu não estava ali, nesta tarde eu apenas havia viajado, tomado um rumo de inércia, de olhar fixo
No horizonte enxergo o que é desenhado a minha frente, linhas, pontos, cores compõem uma visão magnifica da balaustrada, mais que ficou sem sentido, sem carinho, sem amor, sem sorrisos
O Sol se pondo atrás dos coqueiros, o vento ameno que refrescam o meu rosto, pessoas comuns e incomuns que passam, hoje não se encaixam com o Céu que mistura o cinza, o azul, o laranja e o amarelo transformando em uma bela paisagem, apenas congelam uma imagem diária de quem passa sem apreciá-la
Aos poucos os meus ouvidos captam a “urbanidade” da cidade, o alarme toca uma música, o relógio marca 17h00, hora de voltar, ocupar a “oficina do Diabo” com muito trabalho para evitar pensar...
Sinto dores no corpo e a inportuna enxaqueca preenche o resto do dia

Desculpe-me queridos aventureiros! Hoje o dia foi estressante, mais suficientemente bom e oportuno para um desabafo...

Boa noite!